O risco de queda do Grupo Espírito Santo ainda está presente nos mercados, embora de forma menos permanente, assim pensam os especialistas da Fitch Ratings.
A agência de notação financeira, Fitch Rating, considerou que o risco de contágio do Grupo Espírito Santo aos restantes bancos nacionais parece estar contido, embora a agência considere, também, que a incerteza em torno do BES possa deixar o sistema financeiro português mais vulnerável devido à diminuição da confiança dos investidores.
Na perspetiva da Fitch, os riscos com outras instituições financeiras (no caso as classificadas pela entidade em termos de notação de crédito o BPI, o Santander Totta, o Millennium BCP e a CGD) são limitados. Da agência de rating salientam que dentro do sistema bancário português há posições interbancárias com o BES, mas que estas devem ter colaterais associados ou ser de curto prazo além de serem passíveis de gestão.
Ainda assim, a Fitch acha que o impacto desta situação nas instituições financeiras da Europa periférica pode ser temporário, no entanto poderá indicar um sentimento e confiança negativo que pode resultar num aumento dos custos de financiamento, pelo que é importante clarificar e resolver a situação.
Sobre as quatro entidades seguidas pela agência de notação financeira, a Fitch realça que as quatro têm dívida que vence em 2014 num total de cerca de 2 mil milhões de euros. Apesar de ser um valor elevado, a Fitch acredita que a liquidez das instituições é saudável e que os bancos podem continuar a aceder ao Banco Central Europeu.