Na alocação de activos, no final de 2010, segundo o quinto relatório anual sobre a indústria de gestão de activos, publicado pela EFAMA, Portugal apresentava uma exposição mais baixa que a média europeia a acções, apenas de 11% contra 31%.
Dos activos no mercado português, 61% estavam expostos ao mercado obrigacionista, seguidos de 20% alocados a outro tipo de activos; ao mercado monetário a exposição era de 9%.
Na Europa, a exposição ao mercado obrigacionista era de 44%, ao mercado monetário 11% e a outros activos 14%.
Historicamente, a exposição a acções, no mercado português, é inferior à média europeia, assim como a exposição a obrigações é superior à média europeia. A tendência de crescimento é, todavia, igual. Em 2009 a média europeia de exposição a acções era de 30%, crescendo um 1% no ano seguinte. Em Portugal este crescimento, também, se verificou passando dos 9% (2009) para os 11% (2010). Nos mercados de taxa fixa e monetário a exposição europeia decresceu, precisamente, um 1% de 56% (2009) para 55% (2010). Em Portugal o decréscimo foi ligeiramente mais acentuado, 4%, passando de 74% (2009) para 70% (2010).
Esta lógica de alocação de activos, em Portugal, verificou-se na composição das carteiras dos fundos de investimento e também nos mandatos de gestão discricionária. Nos primeiros o peso das acções era, no final de 2010, segundo o relatório da EFAMA, de 15%; obrigações 24%, 9% mercado monetário e a maior percentagem noutras classes de activos. Nas carteiras de gestão discricionária a alocação estava maioritariamente em obrigações (75%). Os restantes 25% estavam distribuídos, quase igualmente, entre acções (9%), mercado monetário (8%) e outros (8%).