O ano começou positivo para a gestão de fundos de investimento nacional. A CMVM indica que o valor sob gestão dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM) cresceu 317,6 milhões de euros - 1,9% - terminando janeiro nos 17.159,7 milhões de euros de montante gerido. Nos fundos de investimento alternativo (FIA) o mês também trouxe boas notícias ao nível dos produtos. O montante gerido avançou mais modestamente, no caso 0,2% para os 289,4 milhões de euros.
UP de fundos estrangeiros perto dos 38%
Num mês em que os ativos geridos cresceram, o investimento por tipo de ativos refletiu movimentos interessantes e também positivos. As unidades de participação (UP) de fundos de investimento foram uma dessas rubricas. O regulador mostra que as UP de fundos estrangeiros avançaram 4,2% no mês, totalizando os 6.236,4 milhões de euros. Reforçou-se, assim, a preponderância destes instrumentos nas carteiras, que já ocupam quase 38% do agregado das mesmas, sendo a rubrica mais robusta nestas carteiras.
Também as ações e as obrigações estrangeiras se destacaram. A CMVM indica um crescimento de 5,5% nas primeiras, e de 2,7% nas segundas. As ações estrangeiras fecharam janeiro com 3.233,8 milhões de euros e as obrigações estrangeiras com 4.141,1 milhões. Em sentido oposto evoluiu a dívida pública estrangeira. Caiu 9% no mês.
Fundo de dívida de curto prazo
Em termos de estruturação de mercado e produtos, a CMVM indica a chegada de um novo fundo ao espetro nacional, no caso um fundo de investimento alternativo. A IM Gestão de Ativos, como visível abaixo, foi a única entidade a aumentar o número de fundos, totalizando agora 26 produtos no mercado, tal como a Caixa Gestão de Ativos. A entidade lançou no mês o IMGA PME Flex, um fundo, que como a gestora explica no seu website, proporcionará aos participantes "a distribuição semestral de rendimentos e o crescimento do capital investido, através do investimento efetuado maioritariamente em instrumentos de dívida de curto prazo de PMEs portuguesas".
A Caixa Gestão de Ativos manteve-se no lugar cimeiro em termos de quota de mercado (36,4%), seguindo-se a IMGA (21%), e a BPI GA (16,9%). As três entidades, contudo, assistiram a uma redução de preponderância de mercado, em janeiro.
