Os analistas preveem resultados por ação médios do índice americano S&P 500 para 2022 e 2023 que fazem Pedro Assunção, CIO na Første, questionar-se.
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
Este gráfico mostra os resultados por ação médios do índice americano S&P 500, tanto para os últimos três anos como aquilo que os analistas esperam para o ano de 2022 e 2023. O que me chama a atenção são as estimativas para 2022 e 2023 de crescimento dos resultados em 14,8% e 8,2%, respetivamente.
Num momento em que se discute abertamente o impacto que a inflação e o aumento de taxas de juro para a combater vão ter no crescimento económico, é estranho que essas preocupações não estejam espelhadas nos resultados por ação esperados para o mercado. As estimativas de crescimento das economias estão a ser reduzidas e fala-se de uma probabilidade de recessão nos EUA acima dos 50%. Ao nível das empresas, o mais provável é sentirem, em média, um abrandamento das vendas, um aumento dos custos operacionais devido à inflação e um aumento dos custos financeiros. Mas mesmo assim os analistas estimam um crescimento muito apreciável dos resultados e essas estimativas têm vindo a ser revistas em ligeira alta ao longo deste ano. Nas vésperas do arranque da época de divulgação de resultados do 2.º trimestre iremos assistir a um momento de reality check ou, pelo contrário, as empresas norte-americanas irão mostrar-se espetacularmente resilientes?