Num acto fascinante e inesperado de ilusionismo comunicacional, a Reserva Federal dos Estados Unidos conseguiu, em poucos minutos do passado dia 18 de Setembro, fazer desaparecer uma parte considerável da credibilidade reputacional que detinha junto dos agentes económicos. A alteração discursiva de vários responsáveis pela Política Monetária dos Estados Unidos verificada desde meados do mês de Maio permitiu uma sinalização precoce (e atempada) de uma redução dos montantes associados ao programa de compra de activos em implementação (QE3). O ajuste de expectativas dos investidores perante um ambiente global de liquidez (ligeiramente) menos expansivo despoletou, no imediato, quedas generalizadas das principais classes de activos. Após essa reacção inicial, gradualmente e de forma consistente, a filtragem dos impactos passou a ser mais alinhada com os influxos recentes de capital para as diversas classes de activos, com quedas mais fortes a ocorrerem em mercados com entradas de fundos mais agressivas nos 12 meses anteriores a Maio (dívida soberana e moedas de alguns mercados emergentes), e vários outros mercados a recuperarem por completo (generalidade dos mercados accionistas).
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