Pedro Vieira, da direção de Investimentos do departamento de Multiativos da IMGA, afirma que os dados de atividade da economia chinesa servirão para medir o pulso à reabertura da sua economia.
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O Esta semana vou estar de olho... é da autoria de Pedro Vieira, da direção de Investimentos do departamento de Multiativos da IM Gestão de Ativos.
A época de apresentação de resultados ganha momentum esta semana, num contexto em que os mercados acionistas se têm mostrado particularmente resilientes, nomeadamente às subidas das taxas de juro e aos receios de muitos investidores de que uma possível recessão pode chegar na segunda metade do ano. Torna-se por isso imperativo este reality check que a earning season permite, e que possibilitará validar as valorizações recentes ou aumentar os receios dos investidores. A atenção centrar-se-á não só nos resultados das empresas, mas também na evolução das receitas e das margens.
Das muitas empresas que reportam resultados são de destacar a Netflix, a Johnson&Johnson, a IBM, a Tesla, a ASML, a SAP, a American Express, a Volvo e a Procter&Gamble. O setor financeiro deverá ser alvo de uma especial atenção por parte dos investidores depois das situações delicadas do Silvergate, do SVB, do Signature e do Credit Suisse. Neste setor, para além dos gigantes Bank of America, Goldman Sachs e Morgan Stanley, teremos muitas outras instituições a apresentar resultados esta semana, nomeadamente o Bank of New York Mellon, o State Street Bank, o Comerica Bank, o Fifth Third Bank, o Key Bank, o US Bancorp, o Zions Bancorp e o Citizens Financial Group. O foco dos investidores deverá estar não só na evolução dos resultados e na sua composição, mas também nos depósitos, nos rácios de capital e nas perdas por realizar.
Importantes também serão os dados de atividade da economia chinesa a serem divulgados no dia 18, com destaque para o PIB do primeiro trimestre e para a produção industrial, vendas a retalho e investimento de março. Estes indicadores servirão para medir o pulso à reabertura da economia chinesa depois do abandono da política de Covid-zero e poderão dar algumas pistas sobre os próximos passos em termos de política económica e fiscal.