Nas perspectivas para o segundo semestre do ano, o profissional destaca a preferência pelas ações da Zona Euro e os riscos que poderão advir dos Estados Unidos.
“O cenário económico para a 2ª metade do ano não se alterou substancialmente e continua a assentar numa economia global a crescer de uma maneira estável e sincronizada”, introduz Luís Sancho, gestor de carteiras na BBVA Asset Management na apresentação das perspectivas da casa de investimentos para o segundo semestre. Ainda assim, o profissional alerta para o eventual abrandamento do “ímpeto reflacionista”, em resultado “sobretudo, da fragilidade do preço do petróleo”.
Na perspectiva da entidade é na Zona Euro que o cenário se mostra mais otimista, nomeadamente porque “poderá manter o bom ritmo de crescimento evidenciado até agora, com uma maior contribuição da componente do investimento”. Já no que concerne à política monetária “uma taxa de desemprego que ainda se encontra em níveis altos manterá o crescimento salarial em níveis comedidos, facilitando o trabalho do BCE na remoção suave dos estímulos monetários, dado que a inflação geral deverá continuar a crescer a um ritmo moderado até ao final do ano”, explica o especialista. Esta combinação de factores sustenta a visão positiva da casa que vê as bolsas europeias a continuarem a recuperar “o terreno perdido face aos mercados globais, quer devido ao entorno macro e à melhoria dos resultados das companhias, quer devido a uma diminuição do risco político fruto dos resultados das eleições em França”.
Riscos e estratégias
Luís Sancho é da opinião que o grande risco poderá ter origem nos EUA, nomeadamente com a possibilidade dos planos de estímulo fiscal – reforma fiscal, plano de infraestruturas, desregulação – do presidente Donald Trump “ficarem aquém das expectativas, o que poderá afetar a confiança das empresas e das famílias”.
Neste sentido, e considerando as melhores expectativas de retorno do universo de ações da Zona Euro, o profissional da BBVA AM destaca fundos como o Allianz GIF-Europe Equity Growth ou o Schroder ISF-Euro Equity, como veículos adequados para a exposição a esse universo de investimento.