Andrew Harmstone e Jim Caron, diertores-gerais e gestores responsáveis pelas carteiras internacionais, falam da sua exposição aos bancos da área euro, às ações do Japão e dos mercados emergentes. Comentário patrocinado pela Morgan Stanley IM.
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TRIBUNA de Andrew Harmstone, diretor-geral, gestor responsável pelas carteiras internacionais; e Jim Caron, diretor-geral, gestor responsável pelas carteiras internacionais, da Morgan Stanley IM. Comentário patrocinado pela Morgan Stanley IM.
Em março, a tendência predominante das bolsas de valores regionais foi de recuperação, com o mercado norte-americano a liderar os resultados com o regresso do S&P 500 (TR) (USD) aos 3,7%. O MSCI Japan Index atingiu 1,8%1 (JPY) e o MSCI Emerging Markets (USD) Index chegou aos 3,1%1, enquanto o MSCI Europe Index estagnou, subindo apenas 0,1%1 nas moedas locais. O setor financeiro foi o que registou piores resultados este mês com o MSCI ACWI Financials Index a voltar aos -7,1%2, dado o fluxo de notícias negativas no setor. As yields dos EUA a 10 anos também desceram, refletindo o sentimento negativo à medida que os investidores direcionavam o seu interesse para ativos de melhor qualidade; a yield fechou o mês nos 3,5%2 depois de um máximo de 4,06%3 no início de março. Com a recuperação das ações, o índice VIX desceu, alcançando um valor de 18,7 no final do mês2.
A inflação continuou a abrandar nos EUA, atingindo os 6%4 em fevereiro, o valor mais baixo desde setembro de 2021, ao passo que o mercado laboral continua a confundir as expetativas com mais 311 0005 postos de trabalho em fevereiro, ultrapassando em grande margem o número previsto de 208 0005. Nos últimos 18 meses, a Reserva Federal concentrou-se predominantemente na inflação, no entanto, a pressão mais recente sobre o sistema financeiro, em parte devido aos históricos e sucessivos aumentos das taxas de juro, mudou, na nossa opinião, as prioridades políticas. As expetativas da taxa neutra implícita diminuíram em resultado da discussão em torno dos possíveis futuros aumentos das taxas de juro pela Fed, antes de se criarem tensões adicionais.
Embora não encaremos a recente volatilidade do setor bancário como sendo sistémica e um reflexo da fragilidade do setor, mas antes como um problema regional fruto da má gestão de alguns bancos, estes acontecimentos deram o impulso para um endurecimento das condições financeiras, para o qual as subidas das taxas pela Reserva Federal contribuíram apenas parcialmente. A reunião do Comité de Operações de Mercado Aberto (Federal Open Market Committee, FOMC) em março, mostrou uma Fed cautelosa, mas decidida, com mais uma subida das taxas de juro de 25 pontos-base, mas com orientações futuras com um tom de baixa a indicar o fim iminente do ciclo de aumentos.
Os mercados financeiros deverão permanecer instáveis num futuro próximo, dada a incerteza sentida pelos investidores sobre o crescimento económico, a inflação e a política da Reserva Federal/bancos centrais. Não obstante, não será de prever uma maior recessão se as políticas da Fed mantiverem a sua atual política de restritividade a longo prazo, complementada pelas ressalvas dependentes dos dados disponíveis. Se as condições económicas estabilizarem, poderemos ver uma tendência de alta nos mercados, dado o que parece ser um sentimento e posicionamento negativo dominante.
Implicações do investimento
Os mercados continuam a pautar-se pelo pessimismo e receio e embora admitamos que o próximo período deva ser volátil e tenso, mantemo-nos cautelosos e equilibrados em vez de defensivos no posicionamento, pois estamos convictos de que um abrandamento da atividade económica e uma redução dos riscos da inflação a mais longo prazo poderão ser vantajosos. Assim sendo, ajustámos a exposição global das ações e mantemo-nos ágeis no nosso posicionamento, continuando a procurar ativamente oportunidades de investimento. Neste contexto, procedemos às seguintes alterações estratégicas em março:
Bancos da área do euro
Reduzimos a exposição aos bancos da área do euro assim que o setor deu sinais de recuperação, dados os riscos crescentes e a menor tendência de alta nas taxas e nos lucros do setor. No entanto, mantemos alguma exposição, esperando ultrapassar o clima de pânico atual.
Ações do Japão
Eliminámos a subponderação das ações japonesas uma vez que as revisões sobre os lucros foram positivas e o setor parece estar a ter resultados mais em linha com as ações globais. Pensamos que existe um potencial limitado de subida do iene e parece haver menos obstáculos à valorização da moeda.
Ações de mercados emergentes
Eliminámos a sobreponderação de ações de mercados emergentes, uma vez que vemos um potencial positivo fora da China. Por outro lado, as ações chinesas continuam a ser atrativas depois da reabertura da economia.
O desempenho do índice é meramente ilustrativo e não serve para retratar o desempenho de um investimento específico. O desempenho passado não é garantia de resultados futuros.
Posicionamento estratégico
Damos a conhecer a seguir as nossas orientações estratégicas:

Para mais informações, clique aqui.
Notas:
1 Bloomberg, retornos mensais, moeda local, salvo disposição em contrário, em 31 de março de 2023.
2 Bloomberg, 31 de março de 2023.
3 Bloomberg, 2 de março de 2023.
4 Bureau of Labor Statistics, 14 de março de 2023. https://www.bls.gov/news.release/pdf/cpi.pdf
5 Bureau of Labor Statistics, 10 de março de 2023. https://www.bls.gov/news.release/pdf/empsit.pdf
*Para fins informativos e não constitui uma oferta ou recomendação para comprar ou vender qualquer título em particular ou para adotar qualquer estratégia específica de investimento. As orientações táticas aqui exprimidas representam uma reflexão aprofundada dos pontos de vista e implementações dos membros da nossa equipa, expressas para comunicar com os clientes. As informações aqui abordadas não pretendem fazer juízo sobre os objetivos financeiros, a situação ou as necessidades específicas de qualquer investidor particular. Os sinais representam a perspetiva da equipa de GBaR sobre cada classe de ativos. O sinal negativo indica uma perspetiva negativa ou uma perspetiva relativa de subponderação, o sinal positivo indica uma perspetiva positiva ou uma perspetiva relativa de sobreponderação.
CONSIDERAÇÕES RELATIVAS AOS RISCOS
Não há garantias de que a Estratégia irá atingir o seu objetivo de investimento. As carteiras estão sujeitas ao risco de mercado, que é a possibilidade de os valores de mercado dos títulos da carteira virem a descer e de o valor das ações em carteira poder, por conseguinte, ser inferior ao que se pagou por elas. Os valores de mercado podem variar diariamente devido a acontecimentos económicos ou outros (por exemplo, catástrofes naturais, crises sanitárias, terrorismo, conflitos e instabilidade social) que afetem os mercados, os países, as empresas ou os governos. É difícil prever o momento, a duração e os potenciais efeitos adversos (por exemplo, liquidez da carteira) dos acontecimentos. Logo, há a possibilidade de perder dinheiro ao investir nesta carteira. Tenha em consideração que esta estratégia poderá estar sujeita a certos riscos adicionais. Há o risco de a metodologia e os pressupostos de afetação dos ativos por parte da Consultora Financeira, no que diz respeito às carteiras subjacentes, poderem estar incorretos à luz das condições de mercado no momento e a Carteira pode não alcançar o objetivo de investimento. O preço das ações tende a ser volátil e existe uma possibilidade significativa de perdas. Os investimentos da carteira em títulos associados a mercadorias envolvem riscos consideráveis, incluindo o risco de perda de uma parte significativa do valor do capital investido. Para além do risco associado às matérias- primas, poderão existir outros riscos especiais, tais como o risco de perda de juros e de capital, de inexistência de um mercado secundário e da maior volatilidade, que não afetam as ações e os títulos de dívida tradicionais. As flutuações cambiais podem evaporar os ganhos ou acrescentar perdas aos investimentos. Os títulos de rendimento fixo estão sujeitos à capacidade do emitente de fazer pagamentos atempados de capital e juros (risco de crédito), às alterações das taxas de juro (risco de taxa de juro), à idoneidade creditícia do emitente e à liquidez geral do mercado (risco de mercado). Num contexto de aumento das taxas de juro, as cotações das obrigações podem cair, o que poderá provocar períodos de volatilidade e mais pedidos de resgate das carteiras. Num contexto de descida das taxas de juro, a carteira pode gerar menos rendimentos. Os títulos de prazo mais longo podem ser mais sensíveis às variações das taxas de juro. As ações e os títulos estrangeiros são geralmente mais voláteis que os títulos de rendimento fixo e estão sujeitos a riscos cambiais, políticos, económicos e de mercado. Os valores das ações oscilam em resposta às atividades específicas de uma empresa. Ações de empresas de pequena capitalização comportam riscos especiais, tais como linhas de produtos, mercados e recursos financeiros limitados, assim como maior volatilidade de mercado do que os títulos de empresas de maior porte e implantadas há mais tempo. Os riscos de investir em países de mercados emergentes são superiores aos associados a investimentos em mercados desenvolvidos estrangeiros. As ações dos fundos cotados em bolsa (ETF) acarretam muitos dos riscos do investimento direto em ações e obrigações normais e o respetivo valor de mercado pode oscilar consoante o valor do índice subjacente. Ao investir em fundos cotados em bolsa (ETF) e noutros Fundos de investimento, a carteira absorve tanto as despesas próprias como as dos ETF e dos Fundos de Investimento em que investe. A oferta e a procura de ETF e Fundos de Investimento pode não estar correlacionada com a dos títulos subjacentes. Os instrumentos derivados podem ser ilíquidos, além de poderem aumentar desproporcionadamente as perdas e ter um impacto negativo potencialmente elevado no desempenho da carteira. Um "currency forward" (contrato que fixa a taxa de câmbio numa transação futura) é uma ferramenta de cobertura que não envolve pagamentos antecipados. A utilização da alavancagem pode aumentar a volatilidade na Carteira.
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