TRIBUNA de Paul Griffin, gestor de fundos, Schroders. Comentário patrocinado pela Schroders.
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TRIBUNA de Paul Griffin, gestor de fundos, Schroders. Comentário patrocinado pela Schroders.
Muitos consideram que a Europa é simplesmente uma aposta de crescimento global e que não há nada particularmente novo ou inovador. Mas isto não é assim. Sete dos dez países mais inovadores do mundo estão na Europa, segundo o Índice Global de Inovação 2020 da Organização Mundial da Propriedade Intelectual. Os primeiros são a Suíça e a Suécia, enquanto os Estados Unidos ocupam o terceiro lugar. A Europa alberga muitas empresas pioneiras cujas capacidades científicas e de engenharia podem ajudar a resolver os numerosos desafios que enfrenta o mundo atual. Esperamos que 2021 seja o ano no qual a perceção obsoleta do investimento na Europa comece a mudar.
O setor da gestão de fundos e outros setores fazem cada vez mais finca-pé nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Há cinco setores em particular nos quais identificámos empresa inovadoras cujos produtos podem ter um impacto positivo no momento de abordar um ou mais dos ODS.
Em primeiro lugar, as empresas da ciência dos materiais, como as que se dedicam aos produtos de nutrição ou de proteção de cultivos podem ter um impacto relevante em vários dos ODS, como o objetivo de Fome Zero. Deixar para trás os produtos derivados do petróleo será uma parte importante para conseguir um futuro mais respeitoso com o meio ambiente e, na Europa, há empresas que oferecem alternativas inovadoras. Por exemplo, a biorefinaria norueguesa Borregaard, que utiliza produtos à base de madeira como uma solução mais ecológica que os produtos à base de petróleo.
Assim, o setor da saúde é um dos que mais avança. Agora que as vacinas foram aprovadas, é necessário fabricá-las em grande escala. Na Europa há empresas com capacidades de fabrico avançadas. De facto, a empresa suíça Lonza Group fabrica a vacina da Moderna.
Por outro lado, o acesso aos dados e ao seu processamento são cruciais num mundo cada vez mais complexo. A Europa conta com importantes provedores de dados que publicam informação científica ou técnica, além de proporcionar análise de dados e alberga atores-chave na indústria dos microchips que facilitam o seu processamento. Os microships também são usados em áreas não relacionadas com os dados como os semicondutores de energia que regulam o fluxo e controlam as correntes elétricas. Os veículos elétricos usam muitos microships como estes e são uma parte importante da transição para uma infraestrutura de transporte mais sustentável e, ainda que os fabricantes dos veículos elétricos como a Tesla façam notícias, muitas empresas europeias como a Infineon Technologies fabricam os semi-condutores especializados para esses veículos.
O transporte público é outro elemento da infraestrutura de transportes sustentáveis. Quando passar a pandemia, acreditamos que as pessoas estarão mais conscientes da necessidade de usar meios de transporte menos prejudiciais para o meio ambiente sempre que for possível. Por isso, as aplicações de transporte, os planificadores e as plataformas de reserva, como a britânica Trainline, serão chave.
Por último, a engenharia tem um papel importante na criação de infraestruturas mais sustentáveis. Por exemplo, a Hexagon AB, especialista em tecnologias de medição de precisão, utiliza cada mais os seus sensores e programas informáticos para capturar cenários do mundo real e torná-los em contextos virtuais 3D, o que permite uma melhor visualização das obras ou infraestruturas.
Europa, líder em questões de sustentabilidade
Os exemplos citados provavelmente nunca serão nomes conhecidos a nívelmundial como os gigantes tecnológicos americanos. Não obstante, a Europa segue na frente em questões de sustentabilidade, tanto a nível governamental como empresarial. Acreditamos que esta atenção para com as questões ambientais e digitais deverá ajudar a destacar a inovação que se está a produzir na Europa e as empresas que podem ajudar a construir um futuro mais sustentável.
Sem dúvida, o investimento em torno da disrupção representa uma oportunidade para captar todo o potencial de rentabilidade que oferecem estas áreas de transformação positiva. Se formos capazes de identificar as empresas que impulsionam a mudança ou se adaptam à mesma antes das outras, poderemos aproveitar estas oportunidades para construir uma carteira na vanguarda de um mundo que não se detém. Por isso, acreditamos que é interessante investir nesta tendência com uma abordagem ativa e global, que inclua todas as regiões e todo o tipo de empresas, conhecidas ou não, onde quer que se encontrem. Na Schroders, lançámos em 2018 o Schroder ISF Global Disruption, um fundo de ações que investe em empresas que estão a transformar os setores nos quais operam adaptando-se à mudança. Porque na Schroders estamos convencidos de que estas empresas vão beneficiar em última instância do crescimento a longo prazo que vão provocar estas disrupções.
Para saber mais sobre os nossos fundos temáticos e como investir hoje no mundo do amanhã, pode encontrar aqui informação sobre o nosso Global Transformation Range.