Apesar do resultado no último trimestre não ter sido positivo, nos primeiros nove meses do ano as ordens recebidas pelas gestoras de ativos locais aumentaram o seu montante.
O último relatório trimestral de intermediação financeira lançado pela CMVM dá conta de uma queda no montante das ordens recebidas nas gestoras de ativos residentes nos meses de julho, agosto e setembro. Do segundo trimestre do ano para o terceiro as ordens recebidas neste segmento caíram 1%, fixando-se no final de setembro passado nos 3.646,4 milhões de euros. No entanto, se o foco for no crescimento desde há um ano atrás pode dizer-se que as ordens recebidas por clientes residentes da gestão de ativos aumentaram 35,2%. Já nos seguros e fundos de pensões de clientes residentes a queda foi ainda maior de um trimestre para o outro: o montante nas ordens recebidas caiu 19%, e o seu valor fixou nos 6.886,9 milhões de euros no final do terceiro trimestre.
Já os investidores não residentes da área dos seguros e fundos de pensões viram o montante das ordens recebidas crescer 52,2% face ao segundo trimestre do ano, tendo esse valor chegado aos 19,2 milhões de euros durante os meses de julho, agosto e setembro. As ordens recebidas neste tipo de investidor apresentam já um crescimento de 150,4% desde há um ano atrás.
Nove meses do ano - ordens a aumentar
No que diz respeito aos primeiros noves meses do ano, no relatório divulgado pelo regulador, verifica-se que as ordens recebidas pelas gestoras de ativos locais aumentaram 45,2% face ao período homólogo de 2012, tendo somado um valor de 11.580 milhões de euros entre janeiro e setembro passados. O mesmo não se verifica com as ordens recebidas pelos seguros e fundos de pensões portugueses, que nos primeiros 9 meses deste ano caíram 26,1%.
Em relação às ordens recebidas pelas gestoras de ativos não residentes o crescimento é mais pequeno nos primeiros nove meses do ano. Nesse período o montante somado foi de 1.140,1 milhões de euros, mais 2,7% do que de janeiro a setembro do ano passado. Já as ordens recebidas nos seguros e fundos de pensões não locais o “saldo” foi praticamente o mesmo nos primeiros nove meses de 2012 e 2013 (43,4 milhões de euros e 43,1 milhões de euros, respetivamente).