Os 20 fundos nacionais mais rentáveis de 2021

Iniciávamos 2021 relevando que, depois de uma verdadeira montanha-russa para os investidores, o ano sorriu para os gestores de fundos de ações. Após um ano, semelhante afirmação podemos fazer. Contudo, os retornos alcançados pelos fundos de investimento nacionais em 2021 foram bem mais expressivos do que em 2020. Isto é, o ano de 2021 acabou muito bem para quem escolheu alocar a parte ou a totalidade do seu portefólio a ações.

Relembrando, em 2021 começou a era Biden, as criptomoedas foram um dos hot topics do ano, o medo de um novo taper tantrum emergia, o tema ESG afincava-se como uma grande tendência da indústria, e surgiram os receios de pressões inflacionistas. Apesar disso, o resultado está à vista de todos: os mercados acionistas em todo o mundo terminaram o ano a registarem máximos históricos.

Estratégias de ações lideram retornos

Na tabela abaixo estão ilustrados os vinte produtos nacionais mais rentáveis ao longo do ano passado. Não é surpreendente que 19 dos 20 fundos apresentados sejam produtos de ações. E a única exceção trata-se de um produto caracterizado pela Morningstar como multiativos agressivo. Desta forma, os investidores conservadores, que preferem produtos obrigacionistas ou multiativos cautelosos, não viram os seus produtos valorizar pelo menos mais do que 21,6%.

Apesar de a maior parte dos produtos investirem em ações do mercado norte-americano, os lugares a meio da tabela destacam também os fundos que investem do outro lado do Atlântico. Adicionalmente, a alcançarem mais de 21,6% de retorno no último ano estão estratégias de investimento que se focam no mercado nacional.

O campeão de 2021 foi o BPI GIF Opportunities. Este produto fechou o ano com ganhos de 36,4%, estando a cargo de Rui Araújo, CFA da BPI Gestão de Ativos. No final do ano o fundo tinha 80 milhões de euros de património, estando a carteira mais alocada em empresas tecnológicas como a Intuit, Microsoft, passando pela Alphabet e Apple. De realçar que, também em 2020, a BPI Gestão de Ativos era a casa gestora que geria o fundo mais rentável desse ano.

A vice-liderança é ocupada por um fundo mais focado no mercado norte-americano: o BPI América. Este produto, sob alçada do mesmo gestor e da casa BPI GA, alcançou um retorno de 36,3%.

Segue-se, a fechar o Top 3, alcançando um retorno de 34,7%, o IMGA Ações América. Esta estratégia de investimento, tal como o nome indica, tem o mesmo foco de investimento que o anterior fundo mencionado. É um produto gerido por António Dias, da entidade gestora IM Gestão de Ativos.  

Dos fundos que investem no mercado europeu, destaque para o IMGA European Equities alcançando um retorno de 26,3%, também gerido por António Dias da IMGA. Em termos setoriais, o Montepio Euro Financial Services, sob gestão de Victor Saraiva da Montepio Gestão de Activos, foi o mais rentável terminando o ano com um retorno de 23,6%.

Dos produtos que investem ao nível da bolsa nacional, o mais rentável foi o NB Portugal Ações, sob gestão de Pedro Barata da GNB Gestão de Ativos, que teve uma subida de 24,5% no ano passado.

Os 20 fundos de gestão nacional mais rentáveis de 2021