Os 'ases' das gestoras internacionais em obrigações para 2013

Ases
Catwomancristi, Flickr, Creative Commons

Após o espectacular comportamento registado pelos mercados obrigaccionistas durante os últimos anos, um número cada vez maior de profissionais mostra-se convencido de que o 'vale tudo' já não adequa, pelo que na hora de investir no mercado, há que fazê-lo de forma muito selectiva. As obrigações estão, sem margem para dúvidas, mais caras. O melhor exemplo são as orbigações do Tesoura da Alemanha ou Estados Unidos. A dívida pública de países considerados 'seguros' oferece rendibilidades reais negativas, uma situação que conduziu muitos gestoras à procura de alternativas noutro tipo de obrigações. A pergunta é: Onde estarão as ooportunidades de investimento no mercado de obrigações?

Se os responsáveis das principais gestoras internacionais tivessem que apostar por um único fundo da sua gama, a maioria escolheria produtos globais e flexíveis, apesar de haver quem recomende fundos com um universo de investimento resumido a uma só área concreta. Num cenário de uma política monetária laxa e boa saúde das empresas, existe uma clara inclinação para obrigações 'high yield', categoria que aparece na maioria das carteiras recomendadas, se bem que o seu peso varia de acordo com a estratégia do fundo seleccionado. Mas, quais são as apostas concretas para 2013, nesta classe de activos, dos responsáveis das gestoras internacionais? (respostas por ordem alfabética).

BLACKROCK

O produto escolhido por Luis Martin, director de vendas da BlackRock, foca o seu universo de investimento no mercado de obrigações europeu. Especificamente, o fundo recomendado para o novo ano é o BGF Euro Short Duration Bond Fund. O motivo? "Acreditamos que os as obrigações europeias de qualidade oferecem oportunidades interessantes em 2013". Segundo explica, este fundo investe pelo menos 80% dos seus activos totais em orbigações com um 'rating' de crédito 'investment grade', 'BBB' ou superior e uma maturidade média entre um e três anos. Além disso, Martin destaca o facto do fundo ter conseguido situar-se no quartil superior ao longo dos anos um, três e cinco anos. O horizonte de investimento é de um a dois anos.

JPMORGAN AM

A aposta Javier Dorado , director da JPMorgan Asset Management para a Ibéria, é o JPM Income Opportunity, um fundo de obrigações, que graças à flexibilidade da gestão pode aproveitar as oportunidades que surgem nos diversos sectores que fazem parte do universo de investimento, a partir de activos do mercado monetário, a dívida soberana de mercados desenvolvidos ou emergentes, crédito ou titularização. Segundo explica, é um fundo que pode ter posições longas e curtas, e pode cobrir os riscos indesejados e beneficiar do comportamento hipoteticamente mau de um determinado sector. "É um fundo adequado para investidores com um perfil de risco baixo ou moderado, cujo objectivo é ganhar dinheiro em qualquer situação de mercado e fazê-lo com baixa volatilidade", diz Dorado.

SCHRODERS

A opção escolhida por Carla Bergareche é o  Schroder ISF Strategic Bond, um fundo flexível que aposta nas melhores ideias de investimento pensadas pela equipa global de obrigações, composta por mais de 100 profissionais. De acordo com o que explica a director geral para Espanha e Portugal da Schroders, este produto não está condicionado por qualquer índice e investe nas regiões, classes de activos ou sectores que ofereçam o melhor potencial, podendo entrar em qualquer tipo de activo deste mercado, desde dívida soberana de mercados desenvolvidos a mercados emergentes, assim como títulos indexados à inflação ou emissões corporativas com diferentes notações de crédito.

UBS Global AM

A aposta de Juan Infante , responsável da UBS Global Asset Management para a Ibéria, é limitada a títulos 'high yield', uma vez que considera, que em 2013, o investidor pode obter retornos interessantes nos mesmos. Especificamente, a sua aposta é o UBS (Lux) Bond Fund- Euro High Yield. Na sua opinião, "num cenário de baixo crescimento económico, inflação moderada e taxas de juros baixas, uma cuidadosa selecção de títulos corporativos 'high yield' poderá originar rendibilidades atractivas nos próximos meses."