Os fundos de ações nacionais que resistem no último ano

14204612867_35434fdc29_b
Gagofotografia, Flickr, Creative Commons

De 29 de janeiro de 2015 a 29 de janeiro a 2016 sucederam-se os acontecimentos no mercado português, mas não só. Apesar do ano de 2015 ter começado bem para as bolsas mundiais, o verão configurou um período horribilis para as ações de todo o mundo, com o despoletar da crise chinesa. O início de 2016 trouxe consigo mais um descalabro das bolsas. Os fundos de investimento – principalmente os que investem em ações – não ficaram imunes a estes valores.

Os fundos de ações nacionais foram um conjunto de produtos que evidentemente sofreu por duas vias: com o efeito contágio das bolsas, e com as próprias vicissitudes do PSI-20. Num conjunto de ‘Quiz’ elaborados pela Funds People aos gestores de fundos de ações nacionais, estes referiam precisamente que a desaceleração da economia mundial poderá ser prejudicial para o desempenho do índice.

Segundo os dados que a APFIPP disponibiliza para o período em causa, existem 4 fundos de ações nacionais que conseguem um retorno positivo no último ano. Curiosamente, todos os produtos que conseguem um resultado positivo para este período, apresentam ganhos na casa dos 3%.

O melhor fundo de ações nacionais é o BPI Portugal, gerido pela BPI Gestão de Activos, e apresenta 3,75% de rentabilidade no último ano. O fundo gerido por Catarina Quaresma e a cargo da BPI Gestão de Activos, apresentava, segundo a sua ficha online de janeiro, uma exposição de 11,7% ao BPI Monetário Curto Prazo.

Ligeiramente mais baixo foi o retorno do Caixagest Acções Portugal, Caixagest. O fundo apresentou no último ano 3,64% de retorno, e da sua carteira fazem parte, segundo a Morningstar, um futuro sobre o PSI 20, e em segundo lugar o investimento na EDP Renováveis. O Banif Acções Portugal, gerido pelo Banif Gestão de Activos, segue-se com 3,50% de retorno no período. O produto gerido por Miguel Moedas tinha em dezembro uma alocação de 8,1% a EDP Renováveis, seguindo-se, na segunda posição, a exposição a Sonae SGPS, empresa na qual investiam 7,7%.

Ainda com retorno positivo no último ano, segundo os dados da APFIPP, figura o IMGA Acções Portugal, com resultados de 3,24% no período em análise. Na ficha online do produto a cargo da IMGA é referido que no mês de dezembro a maior posição em carteira pertencia à Sonae SGPS, seguindo-se o investimento em EDP Renováveis.

Panorama dos fundos de ações nacionais no último ano

Fundo de ações nacionais  Gestora Rentabilidade a 1 ano (%)
  BPI Portugal   BPI Gestão de Activos  3,75
 Caixagest Accões Portugal   Caixagest  3,64
  Banif Acções Portugal   Banif Gestão de Activos   3,50
 IMGA Ações Portugal   IMGA  3,24
 NB Portugal Ações   GNB Gestão de Ativos  -3,32
 Santander Accões Portugal   Santander Gestão de Activos  -3,54
 Invest Médias Empresas Portugal *  Invest Gestão de Activos   -4,63**
Fonte: Dados da APFIPP, de 29 de janeiro de 2016
* Fundo não presente na APFIPP
** Rentabilidade retirada do site da entidade