Os fundos de investimento nacionais com menor risco de governança, por categorias

Após a análise do risco ambiental e social para os fundos nacionais, chega a vez do terceiro e último pilar do ESG: governança. O governance risk score, como o nome sugere, representa a exposição ao risco de governança não gerido, tendo em conta a gestão de tais riscos por parte da empresa, variando entre 0 e 100. Importa lembrar que o ESG Risk Score da Sustainalytics mede individualmente o grau em que o valor económico de uma empresa pode estar em risco devido a fatores ambientais, sociais e de governança.

Neste contexto, o risco de governança de um fundo de investimento refere-se ao potencial de perdas ou impactos negativos decorrentes de problemas na estrutura e práticas de governança nos nomes em que o fundo investe. Tal engloba questões relacionadas à tomada de decisão, transparência, conformidade regulatória, integridade dos gestores e administração eficiente. Fundos com estruturas de governança sólidas estarão melhor posicionados para proteger os interesses dos investidores, minimizar conflitos de interesse e responder a mudanças regulatórias. 

De realçar, ainda, que, por forma a obter uma análise rigorosa e transparente, é tido em conta o unallocated risk, ou seja, a exposição não gerida ao risco ESG das empresas, às quais foi atribuída uma classificação de risco ESG, mas cujo risco não é atribuído a nenhum dos pilares que compõem o score total. Para esta análise, foram considerados apenas os fundos cujo peso do risco não alocado no total ESG risk score é inferior a 10%.

Ações europeias de grande capitalização

Começando pelos fundos de ações, com 3,88 de portfolio governance risk score está, a liderar a tabela, o Montepio Euro Utilities. Este fundo da Montepio GA do setor de serviços públicos, foi lançado em 2005 e já tinha sido distinguido, também, de entre os fundos nacionais menor risco social.

Em segundo lugar, surge o Santander Acções Europa, da Santander AM. Este é uma estratégia de ações de grande capitalização europeia e apresenta um portfolio governance risk score de 4,62. A fechar o pódio nesta categoria, com um risco de governança de 4,66 está outro fundo de ações de grande capitalização europeia, o BPI Europa, da BPI GA.

Desta lista, apenas o GNB Momentum Sustentável, da GNB GA, tem Rating FundsPeople 2024 e a categoria mais representada é a de ações europeias de grande capitalização.

Fundos nacionais de ações

Obrigações europeias

A liderar a categoria de rendimento fixo está um fundo PPR de obrigações europeias. É o Santander Aforro PPR/OICVM, com um risco de governança de 3,99. Uma estratégia lançada há menos de dois anos, pela Santander AM.

O BPI Impacto Clima - Obrigações, da gama Impacto Clima da BPI GA, vem em segundo lugar com um risco de governança de 4,88.

Com 4,92 de portfolio governance risk score surge o Biz Europa Bear, da BIZ Capital. Este é também um fundo de obrigações europeias, a categoria mais representada nesta tabela.

Fundos nacionais de rendimento fixo

BPI GA em destaque

Por último, observamos os fundos mistos. Nos dois primeiros lugares surgem dois fundos da Optimize IP, ambos de alocação flexível. O primeiro, o Optimize LFO Rise US Equities apresenta um risco de governança de 4,84. Em segundo vem o Optimize SICAV Europe Value, com de 4,91. Ao contrário do primeiro, que foca no mercado americano, este último mantém uma carteira diversificada de ativos europeus.

A fechar o Top 3, vem mais um fundo da gama Impacto Clima, da BPI GA. O BPI Impacto Clima - Dinâmico, um fundo de alocação moderada que apresenta um portfolio governance risk score de 4,97.

Tanto o BPI Impacto Clima - Moderado, da BPI GA e o GNB Dinâmico são os únicos fundos com Rating FundsPeople 2024.

Fundos nacionais mistos