Nos últimos dois anos a palavra “flexibilidade” tem andando na boca dos mercados financeiros. Conheça os fundos mais rentáveis desta categoria no último biénio.
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Quando chegarmos ao final do ano e se fizer o balanço dos mercados financeiros em 2015, certamente a palavra “flexibilidade” será uma das expressões que irá aparecer em destaque. Efetivamente, o ano de 2015 tem sido caracterizado pela maior flexibilidade nos investimentos. O mesmo acontece nos últimos dois anos. De acordo com a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – no dia 23 de outubro existiam quase duas dezenas de produtos que são classificados como “fundos flexíveis”, com quase todos a conseguirem ter resultado positivo nos últimos dois anos.
Entre os fundos classificados nesta categoria, aquele que regista melhor performance nos últimos dois anos é o CA Flexível. O fundo é gerido pela CA Gest e consegue, no período em análise, uma rendibilidade de 7,18%. No final de setembro o seu património ascendia a quase 16 milhões de euros, com as escolhas do gestor Fernando Nascimento a recaírem em títulos de dívida soberana de países como Alemanha, Itália ou Holanda. Já a maior posição relativa a dívida corporativa era ocupada pela Intesa Sanpaolo.
Com mais de 6% surgem dois produtos, ambos geridos pela mesma entidade: a Optimize Investment Partners. Com 6,92% aparece o Optimize Investimento Activo e com 6,45% o Optimize Europa Valor.
O primeiro desta entidade aposta na diversificação para compor a sua carteira. O fundo gere um património de cerca de 11 milhões de euros onde nas maiores posições encontramos o ETF iShares Euro Government Bond 1-3yr que é gerido pela iShares, e que “replica o comportamento do índice Barclays Euro Government Bond 1 a 3 Anos”. Este produto da iShares saiu vencedor dos últimos Morninstar Awards com o prémio de Melhor Fundo Estrangeiro de Obrigações Curto Prazo. Além do ETF, que é o segundo maior investimento em carteira. Podemos encontrar ainda dívida soberana de França (principal investimento) ou corporativa da portuguesa NOS. A Sanofi e a Exxon Mobili fecham o lote das cinco maiores posições, sendo as principais cotadas do fundo.
Com menos de 10 milhões de euros figura o Optimize Europa Valor. O maior investimento em carteira vai para o ETF já referenciado, o iShares Euro Government Bond 1-3yr, que faz parte da iShares. Nas cinco maiores posições encontramos, ainda, ações da Swiss e da Munchener e também dívida corporativa da NOS e dívida soberana francesa.
Mão-cheia acima de 3%
Com rendibilidades anualizadas superiores a 3%, nos últimos dois anos, figuram cinco produtos de três entidades diferentes. Da GNB Gestão de Ativos são dois os fundos: o NB Plano Dinâmico e ainda o NB Plano Prudente. O primeiro regista uma rendibilidade de 4,01% e gere cerca de 5 milhões de euros. No final de setembro o maior investimento ia para um futuro sobre o índice nipónico Nikkei 225, sendo seguido de unidades de participação em fundos da mesma casa, mas domiciliados no Luxemburgo: o NB Gloval Bond e ainda o NB Global Active Allocation. Podemos encontrar em carteira, também, dívida soberana germânica.
Já o NB Plano Prudente tem um património superior a 18 milhões de euros. Tal como no fundo anterior, também o investimento noutros fundos da mesma casa faz-se sentir entre as maiores posições. No entanto, neste produto o investimento é feito por via "nacional", através dos produtos NB Momentum, NB Ações Europa e ainda o NB Obrigações Europa.
Tal como na GNB Gestão de Ativos, também a Banif Gestão de Activos coloca dois produtos neste ranking: o Banif Investimento Moderado e ainda o Banif Investimento Conservador. O primeiro com uma rendibilidade de 3,30% e o segundo com uma valorização de 3,09%.
O Banif Investimento Moderado tinha, no final de setembro, um património de 28 milhões de euros com os maiores investimentos a serem realizados em futuros de alguns índices, sendo seguidos pela dívida soberana espanhola e pelo fundo Banif Euro Acções.
Já o Banif Investimento Conservador tem quase 65 milhões de euros em património, com os maiores investimentos, no final de setembro, a serem realizados em divida pública de países como Espanha e Itália.
O outro produto é gerido pela BPI Gestão de Activos e trata-se do BPI Global. A sua rendibilidade nos últimos dois anos é de 3,66% e o seu património ascende a quase 80 milhões de euros. O maior investimento em carteira é realizado em divida pública dos EUA, seguindo-se o investimento em dívida de Espanha e Itália.
Os fundos flexíveis com rendibilidade positiva nos últimos dois anos
Fundo | Gestora | Rendibilidade 2 anos (%) |
---|---|---|
CA Flexível | CA Gest | 7,182 |
Optimize Investimento Activo | Optimize IP | 6,918 |
Optimize Europa Valor | Optimize IP | 6,452 |
NB Plano Dinâmico | GNB GA | 4,019 |
BPI Global | BPI GA | 3,663 |
Banif Investimento Moderado | Banif GA | 3,309 |
Banif Investimento Conservador | Banif GA | 3,090 |
NB Plano Prudente | GNB GA | 3,036 |
NB Plano Crescimento | GNB GA | 2,775 |
Santander Global | Santander AM | 2,751 |
NB Estratégia Ativa II | GNB GA | 1,661 |
NB Estratégia Ativa | GNB GA | 0,779 |
Banif Ibéria | Banif GA | 0,390 |