Os fundos geridos por entidades portuguesas mais rentáveis do ano: as sete magníficas dão um impulso

Passados 12 meses desde o fecho de 2022, a fotografia dos fundos mais rentáveis a um ano não podia ser mais diferente. Há um ano, um fundo de ações do setor energético liderava nas rentabilidades. Seguia-se um fundo multiativos de investimento no Brasil e a tabela do Top 10 ficava completa com, praticamente, apenas fundos com um enfoque em Portugal ou na Península Ibérica.

Agora, voltam a erguer-se das chamas de 2022 categorias que tinham o costume de reinar em rentabilidades: as ações de tecnologia, ações norte-americanas e ações globais. Naturalmente não podemos esquecer que as três categorias têm evidentes sobreposições, com o primeiro grupo - especialmente as chamadas de sete magníficas - a incluir-se no segundo, as ações americanas, e estas a fazer parte do terceiro, as ações globais.

Tecnologia: o mais rentável

E é exatamente um fundo focado no primeiro universo que termina 2023 como o mais rentável do ano: o BPI Technology Revolution. Este fundo domiciliado no Luxemburgo, mas de gestão nacional, a cargo de Eduardo Monteiro da BPI Gestão de Ativos tinha, ao fecho de novembro, todas as magníficas sete na sua carteira de cerca de 85 ativos, com a Amazon a liderar. O fundo da BPI Gestão de Ativos consegue assim 44,18% de rentabilidade no ano e vê diluir-se uma parte significativa do efeito negativo de 2022 na sua rentabilidade.

O segundo fundo da tabela é um fundo que ganhou terreno significativo no mês de dezembro, considerando que não ocupava o trio líder quando fizemos o exercício de perceber quais os fundos que melhor se posicionavam no final de novembro. Falamos do Santander Acções América, da Santander AM, que viu a sua rentabilidade crescer dos 25% no fecho de novembro para os 36,49% no final do ano, depois de em 2022 ter sofrido significativamente com a queda dos mercados de ações. Este fundo é, na prática, um veículo de investimento no Santander GO North American Equity, um fundo do mesmo grupo, que tinha 26 ativos em carteira à data mais recente de portefólio disponível, incluindo quatro das sete magníficas.

A fechar o trio líder encontramos o Save & Grow PPR/OICVM, gerido pela Casa de Investimentos. Esta estratégia é a primeira da tabela em formato PPR e apresenta-se com uma carteira de ações globais, onde se incluíam, à data de carteira mais recente disponível, três das sete magníficas. Atingiu uma rentabilidade de 33,88% no ano.

De notar que, se em 2022 as rentabilidades do Top 10 variavam entre os 2,58% e os 15,56%, este ano o intervalo dá um salto e a menor rentabilidade na tabela abaixo é de 22,29%.