Em termos gerais, tudo aponta para um crescimento do património sob gestão ao longo do ano passado. Os fundos de obrigações dominaram.
Atendendo à tendência de crescimento dos activos geridos pelas entidades internacionais em Portugal, parece que 2012 foi, em termos gerais, um ano positivo para a indústria. Os últimos dados disponíveis, correspondentes ao terceiro trimestre, mostram que o sector mantém sob gestão um património de 658,6 milhões de euros, montante que representa um crescimento de 3,9% face ao mesmo período em 2011.
O ano de 2012, não obstante, não foi fácil dadas as inúmeras incertezas políticas e económicas, que provocaram tanto momentos de forte aversão ao risco como momentos de maior apetite pelo mesmo. As operações de refinanciamento a longo prazo aprovadas pelo Banco Central Europeu, no início do ano passado, tiveram como consequência uma maior tranquilidade nos mercados, aumentando o interesse dos investidores por activos de risco, como as acções. Contudo, a calma durou apenas até Março. A eclosão da crise da dívida soberana - risco de ruptura da Zona Euro incluído – deitava por terra qualquer sugestão de melhoria. Os ânimos só acalmaram quando Mario Draghi manifestou publicamente a intenção de fazer tudo aquilo que fosse necessário para evitar a deintegração da Zona Euro.
Na prática, isto traduziu-se no programa 'outright monetary transactions' (OMT) que, segundo os profissionais do sector, tive um efeito balsâmico nos mercados. Relativamente à gestão, não há dúvidas que 2012 foi o ano das obrigações. Os fundos mais vendidos no ano passado pela maioria das gestoras internacionais em Portugal foram de obrigações, destacando-se aqueles que investem em obrigações de maturidades mais curtas e dívida 'high yield'. Tal é evidente através da consulta realizada pela Funds People a algumas entidades, que deram a conhecer quais foram os seus três produtos mais comercializados no ano passado. Em seguida, apresentam-se, por ordem alfabética, as diversas gestoras internacionais com os fundos mais vendidos em Portugal. Estas entidades também deram a conhecer as suas preferências para 2013, recomendando um fundo de acções, um de obrigações e um fundo multiactivos.
BLACKROCK
BGF Euro Markets |
BGF Global Allocation |
BSF European Absolute Return |
ING INVESTMENT MANAGEMENT
ING (L) Renta Fund US Credit |
ING (L) Renta Fund Europe High Yield |
ING (L) Renta Fund EMD Hard Currency |
J.P. MORGAN ASSET MANAGEMENT
JPM Emerging Markets Equity Fund |
JPM Global High Yield Bond Fund |
JPM Japan Select Equity Fund |
SCHRODERS
Schroder ISF EURO Equity |
Schroder ISF Global High Yield |
Schroder GAIA Egerton Equity |
UBS
UBS (Lux) Strategy Fund - Fixed Income |
UBS (Lux) Bond SICAV US Corporates (USD) |
UBS (Lux) Bond Fund - Euro High Yield |