Os nove fundos mobiliários lançados em 2018

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Alejandro Morales-Loaiza. Flickr. Creative Commons

Num dos anos mais ingratos dos últimos tempos para a indústria de gestão de ativos em termos genéricos, o mercado nacional apresentou-se dinâmico e até inovador. Porquê? Ora num ano pouco favorável para a gestão dos fundos mobiliários nacionais, cinco entidades nacionais decidiram lançar novos fundos de investimento.

PPR/OICVM: a novidade no mercado 

Comecemos por um tipo de produto que muito provavelmente em 2019 surgirá ainda com mais pujança no mercado nacional, por via das alterações levadas a cabo pelo governo relativamente às regras de investimento dos fundos de poupança. Falamos dos PPR/OICVM, tendo sido dois os ‘exemplares’ lançados no ano de 2018. Em outubro, foi a vez do Eurobic lançar o Eurobic PPR/OICVM Ciclo de Vida – Fundo de Investimento Aberto de Poupança Reforma,  produto que tem a sua gestão mandatada à IM Gestão de Ativos. Este trata-se de um fundo com 4 ciclos (correspondente a quatro ciclos de vida), que correspondem a políticas de investimento diferenciadas e adaptadas aos objetivos de poupança definidos.

A Optimize Investment Partners, por seu turno, depois de ter alterado a designação dos seus fundos PPR também para ir ao encontro das já referidas regras, lançou já no término de 2018 o fundo Optimize Capital Reforma PPR/OICVM Agressivo, que, tal como o próprio nome indica, trata-se de um fundo de investimento aberto harmonizado de Poupança Reforma. Numa recente entrevista à Funds People, a propósito do lançamento deste produto, a entidade reforçava que este fundo “terá a particularidade de poder investir até à totalidade do valor do seu capital em ações ou fundos de ações, sendo dirigido a um perfil de investidor com maior apetite para o risco”.  

Voltando ao mês de outubro, por essa altura o mercado recebeu ainda mais dois fundos. Embora se trate de um fundo de investimento fechado de subscrição particular, destaque para o lançamento do CA Institucionais, um fundo de investimento mobiliário alternativo de obrigações, a cargo da CA Gest. Do lado do Eurobic, a entidade entregou à IM Gestão de Activos a gestão de um outro produto: o Eurobic Seleção Top, um fundo de investimento flexível.

Um mês depois, em novembro, foi a vez da Santander Asset Management regressar com os lançamentos no mercado, e logo com dois fundos. Por um lado o Santander Rendimento, um fundo de fundos misto, do tipo feeder, que, como comentava a entidade em entrevista, investe num produto existente no Luxemburgo, no caso o Santander Select. “Surfando a onda” do ISR, a entidade lançou ainda o Santander Sustentável, que “procura investir em empresas líderes que se preocupam com temas como as alterações demográficas, hábitos de consumo, inovação tecnológica e recursos naturais”.

Em dezembro, para além do já referido PPR/OICVM da Optimize, também a Caixagest ampliou a sua gama de fundos. A entidade acrescentou à sua oferta os fundos Caixa Wealth, uma gama constituída por três produtos com perfis de risco distinto. Tratam-se dos fundos Caixa Wealth Moderado, Caixa Wealth Defensivo e Caixa Wealth Arrojado.

Lançamentos de fundos mobiliários em 2018

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Fonte: elaboração própria a partir de dados fornecidos pela CMVM