Os quatro pilares estratégicos da Amundi para fazer crescer o seu negócio

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Créditos: Nejc Soklic (Unsplash)

Crescer é o objetivo estratégico de todas as gestoras. Como fazê-lo difere por entidade. A Amundi, a maior gestora de ativos europeia, anunciou as suas ambições estratégicas para os próximos três anos. A empresa, que está cotada em bolsa desde 2015, comunicou ao mercado quais os seus planos para o crescimento do seu negócio no período 2022-2025. Os pilares sobre os quais planeia construir a sua estratégia de crescimento giram em torno de quatro áreas:

1. Dar continuidade ao crescimento orgânico

A Amundi espera gerar um crescimento médio anual ajustado das receitas líquidas de 5% no período 2022-2025.  Três quartos desse crescimento virão do desenvolvimento do negócio central de gestão de ativos. Os restantes 25% do crescimento virão da oferta da Amundi Technology ALTO e serviços emergentes como o Fund Channel.

2. Resiliência

A gestora tem um histórico de crescimento constante ao longo do tempo, não registando resgates líquidos anuais desde 2015. Vai apoiar-se na sua estabilidade de negócio, impulsionada por um perfil diversificado de segmentos de clientes, experiência, geografias, para além da relação de longo prazo com as redes.

“A resiliência, resultante da sensibilidade moderada às variações do mercado, e a eficiência operacional são vantagens competitivas no atual clima económico. Assim, o objetivo é manter um rácio despesas-receitas ajustado abaixo dos 53% em 2025, quando as sinergias da Lyxor forem alcançadas”, explicam.

3. Oferecer uma remuneração atrativa aos acionistas

A gestora planeia manter um rácio de distribuição de dividendos ordinários de pelo menos 65%. Em termos absolutos, este resultado resultará em três mil milhões de euros em dividendos ordinários acumulados para o período 2022-25.

“Conservamos a flexibilidade para devolver o excesso de capital (cerca de dois mil milhões de euros esperados até 2025) aos acionistas através de uma distribuição excecional, na ausência de oportunidades de M&A que satisfaçam os nossos rigorosos critérios comerciais e financeiros”, revelam.

4. Opcionalidade de fusões e aquisições para aumentar o valor

No que diz respeito às operações empresariais, não desistem de continuar a sua busca por fusões e aquisições que gerem valor, com base na sua história como consolidador natural na Europa.  “Mantêm-se critérios rigorosos de M&A: aceleração do crescimento e coerência com prioridades estratégicas, risco de execução limitado e disciplina financeira rigorosa (ROI superior a 10%)”.