Num esforço para captar toda a dimensão do mercado nacional de gestão de ativos, a FundsPeople reuniu todos os organismos de investimento coletivo (OIC) onde investem as entidades gestoras de fundos de pensões abertos nacionais. A informação suscitou várias análises e, desta feita, focamos agora na fatia do bolo alocada a organismos de investimento coletivo geridos por entidades gestoras estrangeiras, dividido pelas distintas tipologias.
No final de março de 2023, os fundos de pensões abertos portugueses contavam com mais de 3.485 milhões de euros sob gestão. Do total, cerca de 56%, ou seja, 1.962 milhões de euros, estavam investidos em organismos de investimento coletivo. Desta percentagem alocada à generalidade dos OIC, 81,09% estava alocado a organismos de investimento coletivo domiciliados no estrangeiro, o equivalente a aproximadamente 1.590 milhões de euros.
O investimento em OIC estrangeiros por tipo de instrumento
Entidade Gestora | Valor total investido em OIC estrangeiros | Percentagem investida em fundos tradicionais | Percentagem investida em ETF | Percentagem investida em fundos de ativos privados | Percentagem investida em fundos imobiliários |
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Ageas Pensões | € 371 718 278 | 44,08% | 54,45% | 1,11% | 0,36% |
Futuro | € 304 605 493 | 77,97% | 21,71% | 0,32% | - |
Santander Pensões | € 296 580 910 | 23,97% | 69,77% | 6,21% | 0,06% |
BBVA AM | € 272 796 619 | 65,46% | 34,54% | - | - |
BPI Vida e Pensões | € 152 716 817 | 16,56% | 83,44% | - | - |
Golden - SGF | € 70 224 823 | 54,08% | 45,92% | - | - |
CGD Pensões | € 59 554 909 | 37,66% | 62,34% | - | - |
Real Vida Seguros | € 25 206 320 | 48,70% | 48,10% | 3,02% | 0,18% |
CA Vida | € 19 741 788 | 34,80% | 63,01% | 2,19% | - |
Victoria Seguros | € 8 264 704 | 93,25% | 6,75% | - | - |
GNB SGFP | € 5 962 618 | 53,95% | 46,05% | - | - |
Santander Totta Seguros | € 3 524 003 | 73,62% | 26,38% | - | - |
Total | € 1 590 897 282 |
Na edição número 52 da revista da FundsPeople, concluímos que a Ageas Pensões é a entidade gestora que maior montante aloca à generalidade dos organismos de investimento coletivo. Quando olhamos apenas para o investimento feito no estrangeiro, o mesmo acontece. A gigante nacional dos fundos de pensões investe cerca de 372 milhões de euros em OIC estrangeiros. Deste valor, 54% dos seus ativos sob gestão estão investidos em ETF, mais do que os 44% alocados a fundos de investimento tradicionais. A restante percentagem divide-se entre instrumentos que investem em ativos privados e instrumentos que investem em imobiliário.
Em termos de valor nominal, quem lidera o investimento em fundos tradicionais estrangeiros é a Futuro. A entidade gestora investe quase 78%, dos 305 milhões de euros confiados a entidades estrangeiras, nesta tipologia de fundo. Este valor equivale a aproximadamente 240 milhões de euros.
A encabeçar a lista das gestoras de fundos de pensões nacionais que mais investem em ETF surge a Santander Pensões. Esta entidade gestora investe cerca de 207 milhões de euros nesta subclasse de instrumentos de gestão passiva, o equivalente a 69,77% do total dedicado a OIC estrangeiros.
A mesma entidade gestora lidera o investimento em instrumentos de ativos privados estrangeiros, com cerca de 18,4 milhões de euros investidos, ou seja, 6,21% do total alocado a OIC estrangeiros. No que concerne o investimento em fundos imobiliários estrangeiros, em primeiro lugar surge a Ageas Seguros com 1,3 milhões de euros, apenas cerca de 0,36% do total do bolo que as entidades estrangeiras levam para casa.