Atualmente chamados de “fundos de curto prazo”, estes produtos eram em 2014 denominados de “fundos de tesouraria”, segundo a categorização da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios.
Neste momento esta categoria é composta por oito produtos que somam mais de 800 milhões de euros, sendo o BPI Liquidez, gerido pela BPI Gestão de Activos, o maior produto com quase 400 milhões de euros de montante gerido. Existem, ainda, dois produtos que ultrapassam os cem milhões de euros de património: o Santander Multi Tesouraria e o NB Tesouraria Ativa, da Santander Asset Management e da GNB Gestão de Ativos, respetivamente.
Em termos de rendibilidade, nos doze meses anteriores ao final do mês passado, o fundo mais rentável é o Patris Tesouraria. Gerido pela Patris Gestão de Activos, o produto atinge no período uma rendibilidade de 1,53%, tendo mais de 8 milhões de euros em património. Com este volume sob gestão, o fundo é o mais pequeno da sua categoria.
No final do primeiro trimestre do ano, em conversa com a Funds People, da entidade explicavam que o conhecimento dos emitentes é essencial para o sucesso do produto. Falavam das “ferramentas sólidas de análise fundamental”, mas também do “conhecimento profundo dos emitentes”. Já no mês passado, segundo a ficha mensal do produto, “a performance dos activos de risco durante o mês de julho foi marcada pelo facto de (finalmente) se ter encontrado um entendimento básico entre a Grécia e os restantes países da Zona Euro”. Entre os maiores investimentos do produto encontramos a dívida corporativa de entidades como a Fiat ou a Petrobrás.
Acima de 1% de rendibilidade surge outro fundo, no caso o Dunas Banco BIC Tesouraria denominado em euros. A gestão do produto é atribuída a Pedro Alves e Pedro Fernandes da Dunas Capital, e tinha no final de julho mais de 54 milhões de euros em património. De realçar, ainda, que existe o mesmo produto mas denominado em dólares. Sobre o processo de escolha dos ativos que compõem a carteira, Pedro Alves afirmou no final do ano passado à Funds People que "a seleção de ativos numa perspetiva de curto prazo depende da aversão ao risco em cada momento, do perfil de risco-retorno a nível individual e do ‘fit’ na carteira”.
BPI Liquidez: o maior da categoria
O fundo com maior património é o BPI Liquidez, que no final de julho tinha sob gestão quase 400 milhões de euros. O fundo sob a responsabilidade da BPI Gestão de Activos, tem como maiores investimentos dívida corporativa de entidades como a Semapa ou o Deutsche Bank, além de dívida pública nacional. No seu relatório mensal, referente a julho, pode ler-se que “a performance positiva do BPI Liquidez em julho teve como principais contributos a exposição a títulos de dívida de empresas portuguesas, como a Semapa e a CIN, e a depósitos a prazo constituídos em instituições bancárias nacionais". Segundo o mesmo documento "a composição da carteira manteve-se praticamente inalterada, tendo-se constituído novas posições que ajudam à diversificação, como a emissão em mercado primário de DH Europe e a Alstom”.
Os fundos de curto prazo
Fundo | Gestora | Ativos sob gestão | Rendibilidade 1 ano (%) |
---|---|---|---|
Patris Tesouraria | Patris Gestão de Activos | 8 341 761 € | 1,53 |
Dunas Banco BIC Tesouraria A | Dunas Capital | 54 424 905 € | 1,11 |
Santander Multitesouraria | Santander Asset Management | 120 356 738 € | 0,70 |
Montepio Tesouraria | Montepio Gestão de Activos | 67 142 555 € | 0,47 |
Popular Tesouraria | Popular Gestão de Activos | 15 905 977 € | 0,41 |
BPI Liquidez | BPI Gestão de Activos | 395 677 380 € | 0,31 |
Millennium Liquidez | Millennium Gestão de Activos | 47 005 527 € | 0,18 |
NB Tesouraria Ativa | GNB Gestão de Ativos | 110 790 557 € | -0,07 |