Patris Tesouraria “vence” também a dois anos na sua categoria

5744485713_f392e18071_o
convergingphoto, Flickr, Creative Commons

No final de junho os fundos incluídos pela APFIPP na categoria de Fundos Curto Prazo tinham sob gestão mais de 800 milhões de euros, embora desde o início do ano o património gerido conjuntamente por estes fundos tenha caído 8,3%. Em termos de rentabilidade, como se sabe, as estratégias em causa têm enfrentado tempos mais difíceis e de adaptação. Os fundos que, segundo a Associação, “investem em ativos de elevada liquidez”, com mais de 50% dos ativos em carteira a deverem ter mais prazo de vencimento residual inferior a 12  meses, apresentam a 2 anos uma rendibilidade média de 1,06%.

O fundo que se destaca num período de dois anos é o Patris Tesouraria, gerido pela Patris Gestão de Activos. O fundo que conta com mais de 8 milhões de euros de ativos sob gestão, consegue uma rentabilidade de 2,67% a 2 anos, no final de junho, aparecendo como vencedor destacado comparativamente com os outros ‘peers’, já que no período mais nenhum fundo vai além dos 2% de ganhos.

O Patris Tesouraria tem dado nas vistas também noutros prazos de análise. Desde o início do ano o produto também bate os concorrentes com um retorno de 0,94%, enquanto que a um ano é líder com 3,67% de ganhos, segundo os dados da Associação de 30 de junho.  (ver tabela abaixo).

Em março deste ano, da gestora, contavam à Funds People que um factor essencial na gestão do fundo era conhecer bem os emitentes. Falavam das “ferramentas sólidas de análise fundamental”, mas também do “conhecimento profundo dos emitentes”. No mês de junho, contudo, na ficha mensal do produto, da entidade dão conta da desvalorização no mês, justificada pelo impacto negativo de um não acordo entre a Grécia e os credores, que posteriormente em julho, acabou por se "resolver". 

Rentabilidade do Patris Tesouraria nos prazos em que é vencedor

Fundo   3 meses (%) Desde o início do ano (%) A um ano (%)  A dois anos (%)
 Patris Tesouraria  0,12 0,94 3,67 2,67%

Fonte: APFIPP, 30 de junho

Ainda na análise a dois anos dos fundos de curto prazo salienta-se que no posto seguinte ao Patris Tesouraria, quem se segue é o Banco BIC Tesouraria (categoria em euros) com ganhos anualizados de 1,82%. O fundo gerido pela Dunas Capital apresenta uma predominância de liquidez em carteira que ultrapassa os 64%, enquanto as obrigações representam mais de 35% do portfólio. Em conversa com a Funds People no final do ano passado, Pedro Alves – que partilha a gestão do fundo com Pedro Fernandes – explicava que nos últimos três anos a rentabilidade do produto tem assentado em três pilares: uma componente de rendimento, a diversificação, e por fim, a gestão ativa do crédito e da duration.

Ainda acima de 1% de retorno, a 2 anos, há que salientar outra estratégia, que é gerida pela GNB Gestão de Ativos. O NB Tesouraria Ativa, gerido por Tânia Pinheiro, consegue ganhos de 1,14% nos últimos dois anos. No caso deste fundo, a carteira, segundo a ficha de produto online, tem um maior peso de obrigações (86,61%), sendo que deste valor são as obrigações corporate as que têm maior representação no portfólio (53,30%). Sobre o complicado mês de junho, a profissional explica que “todos os mercados corrigiram no mês, tendo os spreads de crédito terminado o mês nos 75 bps”. Confira a restante performance dos fundos curto prazo, a dois anos, na tabela abaixo.

Rentabilidade dos fundos de curto prazo a dois anos 

 Fundos Curto Prazo   Gestora  Rentabilidade 2 anos (%) 
  Patris Tesouraria  Patris Gestão de Activos 2,67
Banco BIC Tesouraria - Categoria A EUR Dunas Capital  1,82
 NB Tesouraria Ativa  GNB Gestão de Ativos   1,14
  Popular Tesouraria   Popular Gestão de Activos  0,95
  BPI Liquidez   BPI Gestão de Activos  0,56
  Millennium Liquidez  Millennium Gestão de Activos 0,55
  Montepio Tesouraria  Montepio Gestão de Activos 0,43
 Santander MultiTesouraria  Santander Asset Management  0,34
Fonte: APFIPP, 30 de junho