Fitch Rating afirma que apenas as fusões ou aquisições seletivas podem estar em cima da mesa das casas de investimento internacionais
“Os gestores de ativos europeus estão a racionalizar cada vez mais, mas a política de Fusões e Aquisições continua pouco provável”, destacam os especialistas da Fitch Rating no seu último comunicado.
A maioria dos gestores pode definir as suas estratégias de investimento, como a redução do número de fundos ou a diminuição dos custos, para que consigam enfrentar a pressão sobre as margens num mercado competitivo, em vez de terem desafios no que toca às fusões & aquisições.
“A redução do número de fundos continuará a ser uma componente importante na indústria”, confirma a Fitch Ratings. “Cerca de 250 fundos são eliminados, atualmente, a cada trimestre no mercado europeu. Além disso, o potencial de racionalização continua porque o mercado europeu está fragmentado”, continuam os especialistas da entidade, dando como exemplo o facto de “65% dos fundos cross-border não terem ativos acima de 1000 milhões de euros”.
Fusões & Aquisições pouco prováveis
“Não esperamos que ocorram muitas fusões & aquisições, até porque não há muito candidatos e os negócios podem trazer, neste momento, riscos consideráveis”, afirmam os especialistas da agência de notação financeira. “Pode haver diferenças culturais gritantes entre os gestores e eles também enfrentam saídas dos investidores”, continuam. Além disso, outros desafios também se colocam, tais como “o impacto negativo no perfil de crédito dos gestores de ativos, caso a aquisição envolva um financiamento da dívida, a regulação em fase de aprovação e ainda o facto dos valores da aquisições poderem ser maiores em mercados competitivos”.
Ainda assim, a agência de rating espera que “ocorram algumas fusões mais seletivas e aquisições entre os gestores de ativos na Europa, com os institucionais na linha da frente, como alternativa de investimento, private equity ou real estate”. A entidade deu como exemplo a aquisição da Scottish Widows Investment Partnership por parte da Aberdeen Asset Management ou ainda a compra por parte da Schroders da Cazenove Capital. No primeiro caso a Aberdeen irá ter mais peso nas ações do Reino Unido e nos negócios de fixed-income; enquanto a Schroders expandiu as suas operações de private banking.
“Os gestores de ativos europeus também têm mostrado interesse em operações fora do Velho Continente, como a recente oferta do Bank of Montreal sobre a F&C Asset Management ou a venda da Robeco à Japonesa Orix ou ainda a mudança da Dexia Asset Management para New York Life.