O leilão de emissão de dívida pública a três e a 11 meses decorreu ontem. República Portuguesa emitiu um montante total de 250 milhões e mil milhões de euros, respetivamente.
Esta quarta-feira a República Portuguesa realizou um leilão de emissão de dívida pública a curto prazo, mais precisamente a três e a 11 meses.
Com a ida do dia de ontem aos mercados, o Estado emitiu um montante total de 250 milhões de euros, no prazo mais curto, a uma taxa de 0,219% negativos. Na última emissão de bilhetes do tesouro, em outubro de 2016, para a mesma maturidade, a taxa tinha sido de 0,012% negativos. Nesta operação a procura superou a oferta em 4,08 vezes a oferta.
No prazo mais longo, o montante emitido foi de mil milhões de euros, a uma taxa de 0,096% negativos. A emissão a 11 meses em outubro de 2016 teve uma taxa positiva de 0,006%. Neste caso, a procura superou a oferta em 1,9 vezes, quase o dobro.
Para Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa, a descida da taxa para a emissão a três meses “foi bastante acentuada e levou-nos para mínimos históricos”. No cômpito geral, Filipe Silva considera que as taxas registadas não surpreendem, “uma vez que o mercado secundário tem estado com as taxas negativas para a dívida de curto prazo”. Quanto ao panorama europeu, “Portugal acompanha a curva das taxas de dívida de curto prazo que se verifica na Europa, aproveitando para emitir com taxas negativas”, algo que “é sempre positivo para o país”, acrescenta.