“Com esta operação, Portugal retira pressão sobre as amortizações que terá de fazer em 2020”, explica Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa.
Naquela que foi a segunda operação de troca de Obrigações do Tesouro em dois meses, a República Portuguesa recomprou 702 milhões de euros de obrigações com maturidade em 2020 a 106,87%, vendendo o mesmo montante em obrigações com maturidade em 2028 a 105,67%.
No caso dos 106,87% registados na recompra de Obrigações do Tesouro, Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, refere que “daria uma taxa implícita de -0,24%”, enquanto que “a taxa implícita da venda de Obrigações do Tesouro a 105,67% seria de 1,49%”. Assim, na perspetiva do especialista, “Portugal retira pressão sobre as amortizações que terá que fazer em 2020 e ao mesmo tempo emite dívida de longo prazo com uma taxa que irá permitir baixar a taxa média do seu custo de endividamento”, sendo que, por outro lado, nesta operação “os investidores demonstraram mais uma vez confiança na dívida pública nacional”.