"Portugal" foi sinónimo de queda nas carteiras da gestão de patrimónios em dezembro

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Anselmo. Sousa, Flickr, Creative Commons

Contrariamente ao que aconteceu em novembro, o último mês de 2014 foi de queda no investimento que as gestoras de patrimónios fizeram tanto em fundos da união europeia, como nos nacionais, mas também nos de outros países.

Investimento em fundos caiu em todas as vertentes

O último relatório referente ao negócio de gestão de patrimónios que a APFIPP divulga, e que se debruça sobre a evolução das aplicações das S.G.P por mercado de investimento, mostra que os fundos que investem na União Europeia – que compõe 4,40% das carteiras das gestoras de patrimónios – assistiram a um decréscimo do investimento dos 2.652 milhões de euros, em novembro para os 2.385 milhões no final de 2014.

Redução mais significativa foi ainda protagonizada pelos fundos de investimento do mercado nacional. As gestoras de patrimónios reduziram o dinheiro aplicado nestes produtos, para um limiar abaixo dos 1.500 milhões de euros. Em novembro estes fundos recolhiam 1.752 milhões de euros de investimento por parte das S.G.P, enquanto em dezembro esse montante caiu para os 1.268 milhões de euros.

A “terceira frente” de quedas nos fundos de investimento  aconteceu nos pertencentes à rubrica “outros países”.  No caso destes fundos, a sua preponderância no total das carteiras não chegava no final de dezembro a 1%, o que em termos de montante se traduz em 523 milhões de euros investidos pelas gestoras.

Valores mobiliários nacionais também decrescem

Analisando a aplicação feita em valores mobiliários, denota-se que também os títulos que investem no mercado nacional  foram menos privilegiados pelas entidades em análise. Se em dezembro as gestoras de patrimónios investiam um valor muito próximo dos 19 mil milhões de euros nos valores mobiliários nacionais, no fecho de 2014 esse somatório diminuiu para os 18.065 milhões de euros.

Em sentido contrário, o investimento em valores mobiliários da Finlândia foi o que ganhou mais fôlego, totalizando 59 milhões de euros nas carteiras deste segmento de negócio.