IGCP entrou de novo em cena e recomprou dívida que vencia em 2014 e em 2015.
O IGCP recomprou hoje mais de 1.300 milhões de euros, dividido entre Obrigações do Tesouro que venciam em 2014 e em 2015. A maior fatia da recompra pertenceu às OT que venciam em 2015, com 1.026 milhões de 9.249 milhões de euros a uma taxa de 1,19%. Já as OT que venciam em 2014, foram recompradas 293 milhões de euros dum total de 6.189 milhões a uma taxa de 0,39%.
Para Filipe Silva, Director da Gestão de Activos do Banco Carregosa, “Portugal conseguiu aliviar um pouco a pressão nos reembolsos que terá que fazer, mais em 2015, que foi a linha em que o montante recomprado foi mais significativo. Mas, ainda assim, a operação teve uma dimensão muito pequena e quase não terá impacto”.
No total, o Estado conseguiu recomprar menos de 10% do total das duas emissões, que se fixava em 15,4 mil milhões de euros. “Os ganhos também foram marginais: na emissão que vence no final de 2014 a poupança de juros foi de 758 mil euros, que é insignificante. Na emissão que vence em 2015, a poupança dos juros nestes 2 anos (2014 e 2015) será de 20,4 milhões de euros.
Claro que esta poupança, além de muito pequena, só será útil caso o Estado não precise de voltar a emitir dívida para “repor” estes montantes”, afirma o especialista.
“O que se retira daqui é que os investidores não têm pressa em desfazerem-se das posições que detêm em dívida portuguesa, no curto prazo. Eu esperava que na emissão de 2014 houve mais investidores interessados em vender a uma taxa de 0,39% para reinvestir esse montante em Bilhetes do Tesouro que, para a mesma data de vencimento, estão a pagar 0,56%. Mas não foi o que sucedeu”, finalizou.