A agência de notação financeira viu com bons olhos a última decisão do Tribunal Constitucional e acredita que Portugal cumprirá os objectivos orçamentais de 2015.
Na opinião da Fitch, os cortes protagonizados pelo Tribunal Constitucional no passado dia 14 de agosto são de louvar. Numa nota que a agência financeira emitiu recentemente, a entidade refere que “a última decisão do Tribunal Constitucional português, de aprovar parcialmente as medidas do lado da despesa, reduz no curto prazo o risco de consolidação das contas públicas e permite ao Executivo continuar o esforço para atingir as metas orçamentais este ano", pode ler-se.
No entanto a agência de notação financeira avisa que “as consequências para a redução da dívida vão depender se Portugal consegue ou não sustentar o seu regresso ao crescimento económico”.
No mesmo comunicado a entidade diz acreditar que a decisão escolhida pelo Tribunal Constitucional reforça a expectativa de que Portugal irá cumprir os seus objetivos orçamentais em 2015. “O atual panorama reforça a nossa perspetiva de que Portugal irá atingir a meta orçamental de um défice de 4% do PIB, um número abaixo dos 4,5% do ano passado”. Adiantam também uma “previsão de redução ainda maior para 2.7% em 2015, altura em que o governo planeia outra forte redução na despesa”.
Da Fitch salientam também que esta visão é suportada pela “performance fiscal sólida em 2014, e pelo track record das autoridades em encontrarem medidas de compensação para as anteriores regras”.