PPR Golden SGF ETF: mais um passo no digital

Nuno Basílio e Sergio Ruivinho
Nuno Basílio e Sérgio Ruivinho, Golden - SGF

Deu-se no dia 31 de outubro, a entrada oficial em circulação do PPR Golden SGF ETF. O novo produto lançado pela Golden - SGF representa um passo interno importante para a entidade gestora de fundos de pensões. Em conversa com a FundsPeople, os dois administradores executivos da entidade explicam a ideia por trás deste instrumento e como visam gerir o produto.

A ideia não é de agora e, segundo Nuno Basílio, administrador executivo da Golden - SGF, o produto estava pronto para ser lançado há já algum tempo. A entidade gestora encontra-se “num processo interno de digitalização” e este instrumento é mais um passo nesse sentido. Num passado recente, a entidade focou esforços na “criação de uma aplicação onde os clientes podem acompanhar os seus portefólios e comunicar com a entidade em tempo real”. Em conjunto com o lançamento da aplicação, o grupo alterou também o nome da entidade gestora, para Golden - SGF, “visando a sedimentação de uma nova imagem vocacionada para o digital”.

Preparados internamente, decidiram avançar. Sérgio Ruivinho, também administrador executivo da Golden SGF, revela que procuravam algo que “ligasse a oferta de produtos PPR com tudo o que foi mencionado anteriormente”. O objetivo: um produto “simples, sem complicações, fácil de entender pelo investidor comum e com baixos custos”. O administrador da entidade sublinha que o produto procura “reunir todas as vantagens associadas a planos de poupança para a reforma com a simplicidade e transparência dos ETF”.

Uma gestão passiva

Como pretendido, a política de investimento é simples. O instrumento utiliza fundos transacionados em bolsa para obter exposição aos diferentes segmentos. Sérgio Ruivinho revela que “esta solução cativa um público mais jovem e disponível a poupar para a reforma”. Posto isto, a equipa de gestão idealizou um produto mais agressivo, para “dar resposta a este tipo de investidor”.

Nuno Basílio avança com os valores traçados para cada classe. O fundo, por natureza agressivo, conta “com uma exposição core a ações de 75%”. Dentro destes 75% a equipa aloca cerca de 64% a investimento passivo em países desenvolvidos e os restantes 11% a investimento em mercados emergentes. Por sua vez, os 22,5% de alocação à classe obrigacionista “é repartido em três partes”. O PPR aloca “7,5% a dívida europeia indexada à inflação, 7,5% a dívida high yield e 7,5% a dívida de mercados emergentes em moeda local”. O especialista faz questão de sublinhar que “a componente obrigacionista tem claramente um pendor mais agressivo do que as comuns carteiras que investem em obrigações, tradicionalmente com maior exposição a dívida governamental ou corporativa de melhor qualidade”. A exposição centra-se assim em cinco ETF, cada um a cobrir uma das subclasses mencionadas.

Explicado o core do produto, importa destacar ainda outro ponto. A ideia por trás do PPR não é aproveitar a flexibilidade associada a estes instrumentos para gerir a carteira ativamente. Nuno Basílio revela que este PPR, também aqui, difere da restante oferta da entidade gestora. Os restantes instrumentos “contam com limites de exposição mais latos, sempre que possível utilizam-se instrumentos de gestão ativa e são ativos na exposição a cada segmento”. Esta ideologia contrasta com a pensada para o PPR Golden SGF ETF, onde se encontram “limites mais apertados”. O administrador afirma que, “apesar de poderem acontecer pontualmente pequenos ajustes, a ideia não é gerir a alocação ativamente, mas sim manter a alocação a cada subclasse próxima dos pontos centrais previamente definidos”.

Assim, e sob estas diretrizes, nasce o PPR Golden SGF ETF. Um produto distribuído exclusivamente pela Golden - SGF, gerido pela Golden Wealth Management e com um foco claríssimo nos clientes que se movem no mundo digital.