Um ano depois de ter mudado a sua política de investimento, a gestora de fundos de pensões terminou o processo de seleção de um novo gestor no segmento de obrigações. Ativos sob gestão decresceram ligeiramente.
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A Previsão apresentou os seus resultados relativos ao ano de 2021, e no documento referente a essas contas, a empresa destaca alguns pontos. Por um lado, pode ler-se que "os rendimentos operacionais, relativos exclusivamente ao seu management fee, registaram um acréscimo marginal face aos alcançados em 2020, para os 690 milhares de euros".
Por outro lado, os resultados operacionais e o resultado líquido também cresceram face aos apresentados em 2020. Os resultados operacionais foram superiores em 34 mil euros comparativamente com 2020, enquanto que o resultado líquido se fixou nos 154 milhares de euros, um acréscimo de 26 milhares de euros face a um ano antes. "A proposta de aplicação deste resultado permite um acréscimo dos Capitais Próprios da Sociedade, em linha com as recomendações da ASF", pode ler-se no Relatório e Contas da entidade.
Tal como um ano antes, a Previsão continua a ser responsável pela gestão de três fundos de pensões, os fundos de pensões do pessoal dos TLP, da TDP – Teledifusora de Portugal, e ainda do fundo de pensões Marconi. Face a 2020, o património gerido pelos três produtos encolheu ligeiramente. O montante gerido ficou nos 78,9 milhões de euros em 2021, menos 890 milhões face a 2020.
Na atividade relativa à gestão dos fundos de pensões, a entidade destaca que executaram "rebalanceamentos semestrais das carteiras de ativos dos fundos de pensões", com o objetivo "do respetivo ajustamento à estrutura de composição dos ativos recomendada". A entidade conta também que "em simultâneo com a operação referente ao 2º semestre, ocorrida no mês de dezembro, foi investido o valor das contribuições em numerário realizadas pelo Associado no início daquele mês para dois dos Fundos de Pensões".
Conclusão do reforço de gestor externo
A entidade falou ainda de um movimento iniciado um ano antes: o reforço da exposição ao segmento de obrigações corporate euro. Em 2020 a Previsão apontava a seleção de um novo gestor nessa área, processo cuja conclusão é agora descrita agora. "Na sequência da conclusão do processo de seleção de um novo gestor com vista ao reforço da gestão ativa no segmento de Obrigações Corporate Euro, foi concretizado, no mês de fevereiro, o investimento no fundo identificado para o efeito", detalham.
Outro movimento nas alocações teve que ver com fundos de private equity e imobiliários em fase de liquidação, que anteriormente estavam afetos à classe de ativos de retorno absoluto. Desta exposição, "entretanto extinta na última revisão das Políticas de Investimento efetuada em 2020, foram recebidas em 2021 treze distribuições de capital".
Com vista o longo prazo, a gestora faz ainda questão de frisar a postura cautelosa que os carateriza. Dizem que mantiveram a sua alocação assente numa "numa estratégia conservadora de longo prazo em que predomina a exposição a ativos mais correlacionados com as responsabilidades". Indicam que esse viés é ainda mais evidente "nos fundos com níveis de financiamento mais elevados, dos quais se destaca o FP TDP, complementada com um investimento mais restrito em ativos de risco".