O volume de ativos sob gestão da indústria europeia registou uma redução notória no primeiro semestre do ano. Concretamente, a redução foi de dois biliões de euros. Passou de 15,3 biliões em dezembro de 2021 para 13,3 biliões no final de junho de 2022, segundo dados da Refinitiv. A maior parte deste declínio deve-se ao fraco desempenho dos ativos, uma vez que 1,7 biliões são atribuídos ao efeito de mercado. Esta é uma má notícia, mas não tanto no que concerne o investimento sustentável, onde os fundos e os ETF que investem com critérios ambientais, sociais e de governance (ESG) começam a impor-se.
Por exemplo: se na Europa o volume de ativos em produtos de ações ascendia a 5,4 biliões no final do primeiro semestre, 2,5 biliões estavam em estratégias sustentáveis. A percentagem atinge, portanto, os 42%. Nas obrigações, por outro lado, é aproximadamente um terço (dos três biliões que existem, 1,3 correspondem a fundos ESG). No que diz respeito aos fundos mistos, onde há 2,4 biliões, 900.000 milhões estão em veículos sustentáveis. É também significativo que metade do capital próprio dos fundos do mercado monetário se encontrava em fundos que seguem políticas de investimento sustentáveis (700.000 milhões de 1,4 biliões).
Distribuição de ativos entre fundos convencionais e fundos ESG no final de junho de 2022
Tendo em conta o atual ambiente de mercado, não é de estranhar que a indústria europeia tenha assistido a vendas líquidas ao longo do primeiro semestre de 2022 (-185 mil milhões). No entanto, estas saídas devem-se principalmente a reembolsos de produtos monetários (-129.000 milhões). As vendas líquidas no resto do mercado foram de 55.900 milhões de dólares. Mas o padrão de fluxos foi um pouco diferente para estratégias que seguem uma filosofia ESG. Assim, enquanto os fundos convencionais de longo prazo registaram saídas de 77.600 milhões, os produtos sustentáveis captaram 21.800 milhões. A maioria das entradas concentrou-se em produtos mistos e de ações.
Vendas líquidas estimadas no primeiro semestre do ano
