O primeiro mês de 2014 esteve em linha com os últimos do ano anterior. Os investidores iniciaram o novo ano ainda mais propensos ao risco e, por isso, menos adeptos das opções conservadoras, que oferecem retornos potencialmente mais baixos. Nas 3 plataformas portuguesas os fundos estrangeiros mais resgatados demonstram isso mesmo, mas refletem também outra tendência mais ténue: o “descontentamento” dos investidores perante a recente situação nos emergentes.
Precisamente no ActivoBank foi notória a saída das opções que focam os mercados emergentes. Guilherme Cardoso, do ActivoBank, refere mesmo que “não é de estranhar que essa fuga de mercados emergentes esteja representada no top de fundos mais resgatados, por contrapartida de fundos que constituem as nossas Carteiras Modelo”.
A “fuga” das opções mais conservadoras foi no entanto a tendência dominante nas restantes plataformas. No Banco BiG, Isabel Soares, gestora de produto da entidade, confirma isso mesmo, referindo que “em termos de resgates, o início do ano veio consolidar as tendências verificadas no último trimestre de 2013”. Por isso, “em termos de outflows, o mês de Janeiro ficou marcado por uma migração de fundos de estratégias mais conservadores para fundos mais arriscados (que, em teoria, terão um maior potencial de rentabilidade), explica a especialista, que reitera “a procura por retornos como um dos principais desafios para 2014”, com os investidores a apresentarem maiores níveis de tolerância ao risco.
Situação idêntica é testemunhada pelo Banco Best. Rui Castro Pacheco, Head of Asset Management, confirma que em janeiro se verifica a “continuação de algumas saídas em fundos/estratégias dentro das obrigações que não têm conseguido gerar retorno positivo nos últimos meses”.