Procura por rendimento reflectida no ‘top ten’ dos fundos mais vendidos nas plataformas

No ‘top ten’ dos fundos estrangeiros mais vendidos nas três plataformas ficou confirmado, no mês passado, a procura por retornos mais elevados que os tradicionalmente obtidos em aplicações tradicionais. Neste sentido, “as tónicas dominantes na actividade dos clientes foram menor direccionalidade, maior abrangência nas fontes de retorno, maior flexibilidade das estratégias de investimento”, referiu Rui Broega do Banco BiG.

No Activo Bank, “o mês de Abril, revelou alguma preferência por fundos mistos (UBS Balanced e BNY Global Real Return) assim como por fundos de acções. A procura por mais risco tem sido uma constante graças sobretudo ao recente bom desempenho dos mercados accionistas. O mesmo é válido para a subscrição de fundos de obrigações europeias que deverão continuar a beneficiar do clima de expansão monetária por parte dos bancos centrais”, afirmou a direcção de marketing da entidade.

No caso dos fundos mais subscritos no Banco BEST, “este mês notámos uma concentração nos investimentos mais defensivos, sendo que do nosso ‘top ten’ apenas constam fundos de obrigações. A PIMCO e as suas várias estratégias continuam a receber bastantes subscrições. Os ‘high yield’ da AXA e Allianz também já vão sendo habituais neste ‘top ten’ em que os investidores procuram alguma ‘yield’ ainda disponível nas obrigações de mais baixo ‘rating’ creditício”, afirmou Rui Castro Pacheco da direcção de investimento da entidade.

Esta tendência relaciona-se, em parte, com os receios dos investidores relativamente à recuperação efectiva da economia a nível global tendo em conta os últimos dados económicos conhecidos que fizerem cair as expectativas dos investidores e aumentar a volatilidade nos mercados. 

Rui Broega do Banco BiG salienta ainda que “os nossos clientes continuam claramente empenhados em procurar estratégias mais equilibradas na estruturação das suas carteiras. Temos sentido uma forte procura de fundos multi-activo com ‘track records’ interessantes e cujas estratégias de investimento permitem minimizar riscos de direccionalidade nas carteiras. Os clientes continuam, assim, expostos a risco de mercado sendo que nesta fase procuram fontes de retorno mais diversificadas e equilibradas que apresentem métricas interessantes do ponto de vista de retorno esperado face ao risco apresentado”.

Por último, Rui Castro Pacheco sublinha que “sendo verdade que este ‘ranking’ apenas regista fundos de obrigações, os fundos de acções Schroder Dividend Maximiser (com distribuição de rendimentos trimestrais) e o Allianz European Growth, que têm aparecido nos primeiros meses deste ano, aparecem logo de seguida pelo que continuamos a ver ainda uma parte dos investidores confiantes nos mercados accionistas”.

TOP TEN DOS FUNDOS MAIS SUBSCRITOS EM ABRIL