A bolsa portuguesa fechou pressionada pela performance da Portugal Telecom
O índice português voltou de novo a cair, desta vez 0,25% para os 6.231,810 pontos. Nas restantes congéneres europeia, no entanto, o cenário foi contrário: Madrid valorizou 0,89%, Paris 0,35%, e Frankfurt 0,68%.
Rui Bárbara, do Banco Carregosa, refere que hoje "em Lisboa, o grande destaque foi a saída da CGD do capital da PT, que apanhou o mercado de surpresa. Podemos dizer que a operação foi bem sucedida e encaramos com naturalidade o facto de, depois de retomada a negociação, a cotação da PT ter ajustado para o preço de venda do lote da Caixa, inferior ao preço de fecho da sessão da véspera. Nunca é uma boa notícia a saída de um accionista relevante de uma empresa cotada, mas tudo o resto igual, esta queda é normal – trata-se de uma correcção no prazo imediato."
Na NYSE Euronext Lisboa foram 12 as empresas cotadas a subirem e 7 a caírem.
Na banca o final de sessão foi positivo, com todas as empresas a terminarem a sessão no verde. O BPI conseguiu uma valorização de 3,35% para os 1,050 euros, enquanto o BCP encerrou a subir 1,94% para os 0,105 euros, enquanto o BES cresceu 0,43%.
Na Energia o cenário foi misto, com a EDP renováveis a cair 0,64% para os 4,041 euros, enquanto a Galp Energia desvalorizou 0,24% para os 12,470 euros. A REN e a EDP conseguiram manter-se no verde, crescendo 0,41% e 0,19%
Nas telecomunicações o cenário também teve resultados distintos. A Sonaecom e a ZON Optimus conseguiram manter-se no verde, a crescerem 1,17% e 2,49% respetivamente. A PT no entanto fechou a cair 3,01% .
As concorrentes retalhistas tiveram um desfecho semelhante e encerraram ambas a cair: a Jerónimo Martins 2,13% e Sonae SGPS 0,38%.
Num contexto mais geral Rui Bárbara refere que "os mercados accionistas subiram ligeiramente. Os rumores de retirada de liquidez do mercado por parte da China e uma muito ligeira decepção com os indicadores avançados para a economia europeia deixaram os investidores sem grande entusiasmo. Preferiram, ainda assim, guiar-se pelos resultados das empresas que estão a ser divulgados."