Sector bancário pressionou o índice português, que acabou por cair acima dos 3%.
O índice português encerrou hoje a cair acima dos 3% para os 6842,94 pontos, em linha com as restantes congéneres europeias. Madrid desvalorizou 0,75%, Paris conseguiu crescer 0,03%, enquanto Frankfurt caiu 0,1%.
Na NYSE Euronext Lisboa o dia foi totalmente preenchido por quedas, com todas as empresas cotadas a ficarem no vermelho.
As maiores quedas foram registadas no sector bancário. O BCP encerrou a cair mais de 10% para os 0,1680 euros, enquanto o Banif desvalorizou 7,56% para os 0,011o euros. O BES recuou 5,08%, enquanto o BPI caiu 4,15%.
José Barroso, do Popular Gestão de Activos, explica a razão das quedas no sector bancário: "Os mercados bolsistas europeus tiveram hoje, na sua maioria, um dia negativo. Com destaque para o PSI20 com uma forte desvalorização no sector bancário, com perdas generalizadas acima dos 4%, devido à possibilidade do Estado Português vir a recusar a conversão dos actuais impostos diferidos em créditos fiscais, uma questão com influência significativa nas contas dos bancos portugueses nos próximos anos".
Também no vermelho, nas energéticas, a mais prejudicada foi a EDP renováveis que caiu 2,42% para os 4,3910 euros. A EDP, teve uma queda mais modesta, de 0,49% para os 2,8290 euros. A Galp energia recuou 0,96% para os 11,9050 euros.
Nas telecomunicações, a maior queda foi da Zon Optimus, que encerrou a recuar 2,33% para os 5,0400 euros. A Sonaecom por seu lado caiu 1,62% para os 2,4310 euros. A PT também em queda recuou 2,23% para os 3,5140 euros.
As concorrentes retalhistas tiveram ambas quedas acima dos 2%. A Sonae SGPS caiu 3,48% para os 1,1640 euros, enquanto a Jerónimo Martins recuou 2,36% para os 13,0100 euros.
Nos EUA, o especialista referiu ainda que "o comportamento tem sido misto nas últimas sessões, com a época de apresentação de resultados, as bolsas têm evoluído à medida dos valores que são apresentados e em função destes saírem acima ou abaixo do esperado pelos analistas".