Bolsa de Lisboa encerrou de novo no vermelho, com quedas em todos os sectores.
O índice português encerrou esta sexta-feira a cair quase 1% para os 6.773,50 pontos. As restantes congéneres europeias também encerraram no vermelho, tendo Madrid desvalorizado 3,64%, Paris 2,97% e Frankfurt 2,48%.
No seu habitual comentário semanal, Nuno Marques, do Banif Gestão de Activos refere que "esta semana foi negativa para os mercados accionistas globais: EuroStoxx 50 -3.99%, S&P500 -2.16% (até à hora do email) e Nikkei -2.18%. Na Europa, daria destaque à queda do Ibex (-5.7%) dada a exposição das empresas que o constituem à América Latina e aos movimentos cambiais ocorridos nessa geografia ao longo da semana".
O índice PSI-20 acompanhou os restantes mercados e encerrou a semana a cair 4.79%, com todas as acções, excepto a REN (+0.56%), negativas. Esta encerrou a semana positiva dado o seu perfil mais defensivo e o seu dividendo atractivo e sustentado.
Na NYSE Euronext Lisboa foram 17 as empresas cotadas a caírem e 3 a valorizar.
No sector bancário apenas o Banif consegiu fechar a crescer 1,74% para os 0,0117 euros. O BPI desvalorizou 1,89% para os 1,4540 euros, o BCP caiu 0,35% para os 0,1704 euros, enquanto o BES desvalorizou 1,11% para os 1,1530 euros.
No sector energético foram todas as empresas a ficar no vermelho. A EDP caiu 1,78% para os 2,7660 euros, enquanto a Renováveis desvalorizou 1,19%. A Galp encerrou a cair 0,50% para os 11,8500 euros e a REN desvalorizou 0,83% para os 2,5000 euros.
Nas telecomunicações, a Zon Optimus encerrou a desvalorizar 0,82% para os 4,9690 euros, enquanto a Sonaecom recuou 0,79% para os 2,3820 euros. Em descida ficou também a PT que caiu 3,04% para os 3,3760 euros.
Neste final de sessão, destaque para a Jerónimo Martins que conseguiu crescer 1,25% para os 12,9900 euros. Também a Portucel encerrou a crescer 0,89% para os 3,0630 euros.
O especialista acrescentou ainda que "pela negativa daria destaque aos bancos (BCP -9.51% e BES -8.85%) pressionados com o movimento negativo da dívida pública que, na semana, alarga 17pb em yield nos 10 anos, mas, acima de tudo, a reflectir as notícias que davam relevo à incerteza na implementação da metodologia espanhola e italiana relativa aos DTA. Ainda em terreno negativo gostava de referir a fraca performance das empresas industriais portuguesas, nomeadamente Sonae Indústria (-9.66%) e Altri (-6.42%), a acompanhar as suas congéneres europeias".
Referiu também que " No campo macro económico destaque para os indicadores preliminares da indústria na Europa (PMI), divulgados na passada quinta-feira, que superaram as expectativas do mercado. O mesmo não aconteceu com os dados do mercado imobiliário nos EUA e o PIB na China, divulgados ao longo da semana abaixo das estimativas de mercado"