Num mercado que cresceu 31% em termos de ativos sob gestão entre janeiro de 2020 e junho de 2021, os fundos mobiliários que integram essas carteiras cresceram 18% no mesmo período.
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Se em janeiro do ano passado o mercado português de fundos mobiliários agregava um total de 13,2 mil milhões de euros de ativos sob gestão – dos quais 4,2 mil milhões estavam alocados a fundos de investimento –, agora dos 17,1 mil milhões que configuram este mercado, cerca de 4,9 mil milhões estão alocados a essas estratégias. Quer isto dizer que o mercado cresceu 31% desde janeiro de 2020 a junho de 2021. Por sua vez, os fundos mobiliários, que fazem parte deste total de ativos, cresceram 18% durante este período.
A sua representação no total de ativos sob gestão é agora de 29%. Um valor que representa um decréscimo de 3 pontos percentuais face a janeiro de 2020. Os produtos estrangeiros continuam a ser os mais representativos, sendo que, à semelhança de janeiro de 2020, do montante total (17,1 mil milhões), 95% continua alocado a fundos estrangeiros e apenas 5% em fundos nacionais.
O cenário por entidades gestoras
Ao nível de entidades gestoras, as casas que mais alocam a fundos de investimento de terceiros são a Caixa Gestão de Ativos, que detém mais de 2.030 milhões de euros nestes veículos de investimento, a IM Gestão de Ativos, com mais de 1.266 milhões, e a BPI Gestão de Ativos com 690 milhões. Desta forma, face a janeiro de 2020, este panorama alterou-se com a subida da BPI GA à terceira posição nesta análise.
Já em termos do peso dos fundos de investimento no total de ativos sob gestão, o cenário muda de figura. Considerando esta métrica, é a Optimize Investment Partners que se destaca. Esta entidade detém mais de 57% do total de AuM em fundos geridos por terceiros. Mais especificamente, a Optimize IP verifica mais de 8,8% de peso em fundos nacionais e 48,5% em fundos estrangeiros. Assim, apesar de a entidade ter vindo a reduzir este valor desde dezembro de 2018, não deixa de verificar o lugar de topo nesta métrica.
Em termos comparativos, a Caixa GA e IMGA, que eram as casas que em termos absolutos mais investiam em fundos, detêm 35,4% e 34,2% de peso, respetivamente.
Em termos de fundos nacionais, muitas foram as entidades gestoras nacionais que reduziram totalmente a sua exposição a estes produtos. Em sentido contrário, a Caixa GA aumentou ligeiramente.
Quem reduziu significativamenteo peso de produtos internacionais no total de ativos sob gestão foi a Santander Asset Management. Em janeiro de 2020 esta entidade detinha 54,1% de investimento em fundos estrangeiros e em junho de 2021 verifica 22,4%. Em fundos nacionais, a SAM não apresenta valores à data em análise.