Até novembro de 2015 apareceram 7 novos fundos mobiliários no mercado nacional, podendo dizer-se que a "flexibilidade" foi a palavra de ordem. Perceba porquê.
Se no ano de 2014 não foram muitos os produtos constituídos, 2015 não foi com certeza mais “atrevido” nesse âmbito. Segundo o que relata a CMVM nas suas informações que se referem até ao mês de novembro, nesses onze meses foram constituídos 7 fundos mobiliários. Seis deles são fundos de investimento flexíveis, e o outro trata-se de um fundo de investimento mobiliário aberto.
A “estreia” no que toca à constituição de produtos aconteceu no mês de julho, com a BPI Gestão de Activos a interpor-se nesta inauguração. A gestora criou três fundos de investimento flexíveis, adequados a diferentes perfis de risco: o BPI Moderado, BPI Dinâmico e o BPI Agressivo. Como explicava à Funds People Portugal Eduardo Monteiro, Head of Discretionary Portfolio of high net worth individuals (HNWI) na entidade, os três fundos criados em julho nasceram a partir do sucesso dos seguros de capitalização geridos de acordo com o perfil de risco, ideia que acabou por ser bem recebida pela rede comercial.
O profissional referia em entrevista que “a vantagem primordial destes fundos reside precisamente na gestão flexível”, pois “em momentos em que o mercado sofra correções é possível alterar a estratégia do fundo e com isso tentar minimizar os impactos negativos que poderiam ocorrer”.
Em novembro, foi a vez da Optimize Investment Partners, a dar nas vistas com o lançamento de três produtos, também eles flexíveis. Diogo Teixeira, administrador da entidade, explicava à Funds People que se tratam de fundos de alocação, de nome Optimize Selecção Defensiva, Optimize Selecção Base e o Optimize Selecção Agressiva. Em entrevista à Funds People Portugal o profissional explicava ainda que estes fundos “pretendem ter uma alocação equilibrada e/ou dinâmica, com a exposição a ações a variar entre os 45% e os 85%”. Com estes dois produtos o gestor afirmava existirem essencialmente dois objetivos específicos: chegar a uma “soma de 25 milhões de euros em ativos sob gestão no final do próximo ano” e, por outro “conseguirmos alguma divulgação da nossa entidade gestora”.
Por fim, a Caixagest – também em novembro – lançou o fundo Caixagest Seleção Global Defensivo. Um fundo que vem compor a gama de produtos multiativos da entidade, e que segundo o seu prospeto presente na CMVM tem como principal objetivo “proporcionar aos participantes o acesso a uma carteira de ativos constituída por fundos de investimento mobiliário diversificados por diferentes categorias e mercados, investindo maioritariamente com exposição a mercado de obrigações”