Os emitentes soberanos e os ativos emitidos por grupos financeiros a operar em Portugal são o grosso da exposição destes dois segmentos. Ainda assim, há diferenças na concentração de exposição.
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Hoje, por seu lado, é a vez de focar atenção nos emitentes e grupos económicos que estão inseridos nas carteiras analisadas. Nesse sentido, a ASF avisa que neste capítulo dedicar-se-á à “análise das exposições por contraparte ou grupo económico”. Ressalva, no entanto, que contrariamente às análises anteriores, a este nível considera “o total de ativos afetos às provisões técnicas, incluindo os produtos unit linked”.
Relevância dos grupos financeiros a operar em Portugal
A predominância “país” continua a ser grande. Bem como em anos anteriores, “os emitentes soberanos e os ativos emitidos por grupos financeiros a operar em Portugal mantêm-se como predominantes”. Quanto aos níveis de concentração, na exposição aos emitentes soberanos, estão “de forma geral, disseminadas pelos vários operadores”. Já as exposições aos ativos emitidos por grupos financeiros a operar em Portugal, estão “concentradas em subconjuntos mais restritos”, dizem.
Focando nas empresas de seguros, verifica-se, como visível abaixo, que “as três principais contrapartes continuam a corresponder a emitentes soberanos da área do Euro, com particular exposição a desenvolvimentos desfavoráveis em caso de fragmentação dos mercados financeiros”. Pode ver-se que são eles a República portuguesa, a República de Itália e o Reino de Espanha. A ASF nota ainda assim que “o seu peso conjunto decresceu 3,3 pontos percentuais face ao final de 2019, para 34,5%”.
Fonte: ASF
Na opinião da ASF “o elevado nível de concentração a estes títulos é reflexo do tratamento conferido aos soberanos no contexto do regime prudencial, no qual se encontram isentos de carga de capital para os riscos de spread e de concentração”.
Fundos de pensões preferem economias menos vulneráveis
Nos fundos de pensões a dispersão é maior, como dá conta a representação gráfica. “Os níveis de concentração são consideravelmente menos elevados, sendo a proporção combinada dos três principais emitentes de 19,1%”, escrevem então. Tal como no setor segurador, este subconjunto é constituído por soberanos europeus, mas há uma diferença. Nota-se “uma maior preferência por economias menos vulneráveis a potenciais fenómenos de fragmentação”.