Desde que entrou em vigor o regulamento SFDR, as gestoras de ativos estão a ampliar a sua gama de fundos do artigo 8 e 9 disponíveis para os inversores a nível de classe de ativos, exposição ao mercado, estilo de investimento e temas.
Desde que entrou em vigor o regulamento SFDR, as gestoras de ativos estão a ampliar a sua gama de fundos do artigo 8.º e 9.º disponíveis para os investidores ao nível de classe de ativos, exposição ao mercado, estilo de investimento e temas. Segundo dados da Morningstar, a maior inovação está a centrar-se nas ações, classe de ativos onde se está produzir a maior proliferação de produtos. Só no ano passado foram lançados 329 fundos do artigo 8.º e 9.º. Seguem-se as estratégias de fixed income e os fundos mistos, com 141 e 121, respetivamente. Os produtos passivos representaram no ano passado 14% do total dos novos lançamentos.
Embora os fundos com uma filosofia genérica ESG e sustentável tenham representado a maior parte das novas ofertas dos artigos 8.º e 9.º, os produtos com um foco ambiental representaram mais de uma quarta parte dos novos lançamentos. Destes, 87% (103) produtos focavam-se no clima. “Os fundos com temática climática permitem aos novos investidores reduzir o risco climático nas carteiras e ganhar exposição a empresas que vão beneficiar ou contribuir para a transição para uma economia baixa em carbono. Esperamos que a gama de opções para os investidores conscientes do clima continuará a aumentar este ano”, sublinham na Morningstar.
Tipos de fundos lançados no mercado desde março de 2021
Mas o lançamento de novos fundos dos artigos 8.º e 9.º não foi o único método que as gestoras utilizaram para responder à maior procura dos investidores em produtos sustentáveis. As entidades também reestruturaram muitos dos seus fundos do artigo 6.º ao melhorar os seus processos de integração ESG, agregar critérios de sustentabilidade vinculantes aos seus objetivos de investimento e políticas de investimento. “As mudanças aplicadas a estes fundos variam muito, desde agregar critérios de exclusão até a uma revisão completa do objetivo de investimento, da política de investimento e das posições”, explicam na empresa de análise.
Desde 10 de março do ano passado, a Morningstar calcula que cerca de 1.800 fundos passaram do artigo 6.º para o 8.º ou 9.º, ou do artigo 8.º para o 9.º. “Só uma minoria destes produtos atualizados experimentou uma mudança de nome. Não identificamos nenhum fundo do artigo 8.º ou do artigo 9.º que tenha baixado para o artigo 6.º”, reconhecem.