Voltou a ser a componente das ações a prejudicar a rendibilidade mediana estimada dos fundos de pensões. Conheça as outras razões citadas pela Mercer.
Embora a rendibilidade mediana estimada dos fundos de pensões desde o início do ano até setembro esteja em terreno positivo, mais concretamente 0,8%, no nono mês do ano a performance destes produtos não foi a melhor.
Segundo os dados da Mercer, em setembro os fundos de pensões portugueses obtiveram uma rendibilidade mediana estimada de -0,7%, “devido ao desempenho negativo das ações”.
A entidade escreve que “os resultados de setembro foram negativamente influenciados pelos dados do FMI relativamente ao abrandamento da economia global particularmente nos países emergentes” e ainda por causa do “receio da subida das taxas de juro por parte da Fed”. O contributo das ações no mês foi portanto negativo, mais concretamente -3,7% de rendibilidade.
Já o desempenho das obrigações em setembro para os fundos de pensões, embora não muito avultado, foi positivo, em 0,5%.
A Mercer explica que “a yield das obrigações de dívida privada com qualidade de crédito AA e maturidade superior a 10 anos, índice de referência para as taxas de desconto dos planos de pensões, era de 2,08% no final do mês de setembro”, enquanto em agosto se situava nos 2,03%.
Para Rui Guerra, Partner da Mercer, “os fundos de pensões portugueses obtiveram em Setembro uma rendibilidade mediana estimada de -0.7%, devido ao desempenho negativo das ações. Os resultados de Setembro foram negativamente influenciados pelos dados do FMI relativamente ao abrandamento da economia global, particularmente nos países emergentes, e ao receio da subida das taxas de juro por parte do FED.”