Retornos pouco atrativos continuam a guiar investidores em fevereiro

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mauromaori, Flickr, Creative Commons

Se em janeiro os investidores continuavam mais propensos ao risco, movimentando-se na direção da saída das opções mais conservadoras, fevereiro seguiu a mesma tendência. Nas três plataformas portuguesas os fundos estrangeiros mais resgatados voltaram a demonstrar que o investidor segue impulsionado pela vontade de obtenção de retorno, mas também que não se encontra “satisfeito” com todas as geografias de igual forma.  

Precisamente no ActivoBank, Guilherme Cardoso assinala no mês de fevereiro uma tendência que se prende mais com questões geográficas e de “saúde” das economias. “Destacamos a entrada no ranking de resgates do mercado francês que continua a apresentar algumas dificuldades de consolidação orçamental e crescimento económico”, refere o especialista.

Tanto no Banco Best, como no Banco BiG, os resgates aconteceram, contudo, na mesma linha de janeiro. “Continuamos a ver saídas essencialmente em fundos de tesouraria e em fundos de obrigações, que não têm conseguido gerar um retorno atrativo”, indica Rui Castro Pacheco, head of asset management, do banco Best.

Desta forma, também Isabel Soares, gestora de produto do Banco BiG, começa por indicar que “em termos de outflows, a tendência de fevereiro mantém-se em linha com a verificada nos meses anteriores”. A especialista lembra que “os investidores continuam a privilegiar activos com maiores níveis de risco em detrimento de investimentos  mais defensivos”, e que, por isso, “os maiores outflows continuam a registar-se em fundos mais conservadores”.