Com o balanço feito do primeiro mês do 2016, BiG, Best e ActivoBank mostram os movimentos executados pelos investidores, num início de ano complicado.
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Com o início de ano horribilis para as bolsas de todo o mundo, os investidores das três plataformas nacionais que distribuem fundos de investimentos estrangeiros começaram 2016 a repensar os seus investimentos... mais concretamente os que até então efetuavam em ações. Desta forma, o número de fundos de ações abrandou no top de mais subscritos das entidades em causa, e outro tipo de produtos passaram a dar mais nas vistas. Como habitual, João Graça, do ActivoBank, faz uma pequena retrospectiva do que se tem passado. Escreve que “o início de 2016, fica marcado pelo final de 2015”, ou seja, “o novo ano começou da mesma forma como terminou o anterior, cheio de dúvidas relativamente à economia chinesa, cheio de incertezas relativamente à evolução do preço do petróleo e ao crescimento económico mundial”. Em janeiro assistiu-se aos “mercados chineses a ser encerrados por mais do que uma vez, levando a quedas abruptas no inicio do mês e aparentemente definindo um elevado padrão de volatilidade para 2016”.Também no que toca às políticas monetárias surgiram novidades, com o “o BCE a sinalizar novos estímulos para março, passando pelo Bank of England que manteve as suas taxas de referência inalteradas assim como a Fed e, ainda pelo oriente onde o BoJ cortou as suas taxas para -0.10%”.
Menos ações....
Posto isto, e como já referido, os investidores “viraram-se” para outro tipo de estratégias. Do Best, Rui Castro Pacheco, head of asset management, indica precisamente que “o destaque este mês vai para as estratégias alternativas e multi-ativos que perfazem metade dos fundos presentes no TOP”. Isabel Soares, gestora de produto do BiG, mostra uma percepção idêntica e refere que “relativamente aos períodos anteriores, é evidente uma menor predominância de fundos de investimento com enfoque no segmento accionista na tabela de produtos mais subscritos”.
No caso do Best, os lugares cimeiros da lista foram preenchidos por dois produtos que já “são bem conhecidos” neste ranking: o Nordea Stable Return e o MFS Global Total Return. Seguiram-se 3 novidades nesta área de investimentos. Em primeiro lugar, Rui Castro Pacheco fala do JPMorgan Global Macro Opportunities, “um fundo que pode utilizar todo o tipo de ativos e técnicas de gestão para implementar as suas decisões de investimento, o que lhes permite uma grande flexibilidade e um equilíbrio entre as posições que geram retorno e/ou protegem a carteira num equilíbrio entre o curto e o longo prazo”. Seguem-se o s fundos Old Mutual Equity Absolute Return e o Schroder European Alpha Absolute Return, que “dentro das ações europeias, escolhem e fazem o equilíbrio entre posições longas e curtas de modo a ter uma baixa exposição direta ao mercado e a conseguir gerar retorno com uma volatilidade inferior a um fundo de ações tradicional”.
No caso do BiG, embora salientem a evidente “menor predominância de fundos de investimento com enfoque no segmento accionista na tabela de produtos mais subscritos”, estes continuam a dar um “ar da sua graça”. Mantém-se, a este nível, a preferência por Europa, mas denotam-se novidades, como é o caso do fundo Fidelity Germany “que contempla na sua política de investimento a alocação de pelo menos 70% da carteira a ações de empresas alemãs. Na liderança do ranking desta entidade, em janeiro, continua a estar o PIMCO Global Investors Income Fund. “Os investidores parecem continuar a privilegiar a sua abordagem oportunística e flexibilidade conferida por um universo de investimento que abrange diferentes compartimentos do segmento de rendimento fixo”, explica Isabel Soares. Tal como no Best, também nos mais subscritos do BiG continua a figurar o misto defensivo Nordea Stable Return com “inflows significativos”, assumindo-se “como um dos fundos de eleição dos investidores”. A profissional refere que “o seu enfoque na gestão de risco da carteira e no controlo dos níveis de volatilidade são factores determinantes para a procura por este produto (utilizado por muitos investidores para rebalanceamento do risco das suas carteiras)”.
No Banco Best, os fundos de ações também não se “extinguiram” na totalidade e, para além de “um fundo de obrigações bastante flexível e dinâmico gerido pela Jupiter” houve lugar para “quatro fundos de ações”, que “já têm estado nas preferências dos investidores noutros meses”. A preferência foi para “três estratégias de ações europeias geridas pela Jupiter, UBS e MFS, este último especialista em pequenas e médias capitalizações, e para o fundo gerido pela BlackRock que investe no setor da saúde”. No BiG houve ainda espaço para uma novidade no ranking: o Pictet Short-Term Money Market USD. Segundo explicam da plataforma, o cenário de incerteza que se viveu no período fez com que os investidores optassem “por reduzir o risco das suas carteiras, migrando parte dos investimentos para estratégias mais defensivas”. Assim, destaca Isabel Soares, “o segmento de fundos de mercado monetário ou obrigações de curto-prazo acabou por beneficiar dessa tendência, recebendo alguns inflows”.
No caso do ActivoBank as alterações sentidas também foram grandes. João Graça dá conta de “alterações significativas ao posicionamento dos investidores”, que consideraram “oportuna a entrada em alguns fundos de investimento de mercados emergentes e PMEs a nível global”.
Fundos estranegiros mais subscritos nas plataformas em janeiro
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Best |
ActivoBank |
BiG |
1 |
Nordea-1 Stable Return Fund E EUR
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MSS US Advantage B |
PIMCO Global Investors Income Fund
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2 |
The Jupiter Global Fund - Jupiter European Growth Class L EUR Acc
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Pioneer Emerging Markets Bond C |
Invesco Funds - Euro Corporate Bond Fund
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3 |
MFS® Meridian Funds - European Smaller Companies Fund Class A1 EUR Acc
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Invesco European Bond Fund E |
Nordea 1 Stable Return Fund
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4 |
MFS® Meridian Funds - Global Total Return Fund Class A1 EUR Acc
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Franklin Global Small Mid Cap Growth N |
Schroders ISF European Equity Alpha
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5 |
UBS (Lux) Equity SICAV - European Opportunity Unconstrained (EUR) P-acc
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Fidelity F US High Yield (Euro) A |
Invesco Euro Bond
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6 |
The Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond Class L EUR Q Inc
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JPM F Europe Technology D |
Pioneer Fund Global Equity Target Income
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7 |
BlackRock Global Funds - World Healthscience Fund E2 USD EUR
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BGF European Special Situations E2 |
Fidelity Germany Fund
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8 |
JPMorgan Investment Funds – Global Macro Opportunities Fund D (acc) - EUR
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BGF Asian Tiger Bond E2 |
Pictet Short-Term Money Market USD
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9 |
Old Mutual Global Equity Absolute Return Fund A EUR Hedged Acc
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BNY Mellon Long Term Global Equity A |
Fidelity Global Multi Asset Income Dist
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10 |
Schroder International Selection Fund European Alpha Absolute Return B EUR Acc
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JPM F Europe Small Cap D |
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