A Santander Asset Management assistiu em 2021 a um ano de “consolidação e de fortes resultados como resultado do aumento do volume de ativos sob gestão e do reforço da atividade comercial.
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A Santander Asset Management (SAM), gestora de ativos do grupo Santander em Portugal assistiu em 2021 a um ano de “consolidação e de fortes resultados, como resultado do aumento do volume de ativos sob gestão e do reforço da atividade comercial, o que permitiu garantir e superar as obrigações para com os participantes e o acionista”, segundo indicam no relatório anual.
Para o ano de 2021 tinha "desenhado um orçamento extremamente ambicioso, quer em termos comerciais, quer em resultados esperados, e revelou-se o melhor da história da SAM. Apesar de ter mantido uma posição de quarto lugar no mercado, a sociedade conseguiu superar as estimativas em termos de vendas líquidas de fundos alicerçada numa oferta comercialmente mais vantajosa, que permitiu aumentar as suas comissões líquidas”, indica a entidade gestora.
As comissões recebidas cresceram 14,36% para os 16,54 milhões de euros, enquanto as comissões líquidas fecharam o ano nos 5,9 milhões de euros. Este aumento de 28% face ao ano anterior, veio, segundo a SAM, na sequência da “oferta de um mix de produtos com maior valor para o cliente, no atual enquadramento de taxa de juro baixa.”
Os resultados do ano ascenderam a 5,41 milhões de euros, que compara com os 2,95 milhões de euros de 2020. Para esta evolução contribuiu, “o recebimento de vários valores de reclamações efetuadas pela sociedade relativas a imposto sobre o rendimento e pendentes por parte da Autoridade Tributária.”
Racionalização da oferta
Durante 2021, a sociedade indica que fez uma profunda racionalização da oferta de fundos de investimento, que Nuno Henriques, CEO, já havia comentado à FundsPeople em entrevista. Esta racionalização tem a missão de “oferecer um mix de produtos mais competitivo e vantajoso para o cliente e para as famílias, num caminho que passa por enquadrar os fundos de investimento como um produto de poupança”, indicam no relatório.
As rubricas extrapatrimoniais da entidade gestora somam 9.553 milhões de euros em 2021, o que representa um crescimento de 8,7% face a 2021. Desagregam-se como patente na tabela abaixo.
Rubricas extrapatrimoniais
A evolução recente dos ativos geridos pela entidade gestora deveu-se, segundo indica no relatório, essencialmente, a dois fatores: “o aumento da poupança das famílias, que tem vindo a crescer com a pandemia; e o enquadramento atual de taxas de juro extremamente baixas que leva os aforradores a deslocarem-se de produtos mais tradicionais, como os depósitos a prazo, para fundos de investimento, na expetativa de terem um retorno que, pelo menos, acompanhe a inflação”.
Ativos sob gestão
Reorganização da gestão de ativos
Além da reorganização da oferta, a SAM implementou também uma reorganização da estrutura assente em três eixos.
- “O primeiro eixo foi a externalização da gestão de investimento dos veículos sob gestão concretizada no final do mês de março de 2021 através da assinatura de um contrato de lnvestment Management Agreement com a Santander Asset Management, S.A., Sociedad Gestora de lnstituciones de lnversión Colectiva (SAM SGIIC), entidade na qual já tinha delegada a gestão de uma parte dos fundos de investimento e dos fundos de pensões.”
- O segundo eixo foi a reorganização das equipas locais da SAM e a sua articulação com as equipas globais e as respetivas equipas da entidade subcontratada.
- O terceiro eixo consistiu na reformulação, já referida, da oferta de produtos.
ESG e ISR
Sobre a temática do investimento com critérios ESG ou Responsável, a SAM indica que, em 2021, “a implementação das obrigações decorrentes da SFDR levaram à classificação do Fundo Santander Sustentável como produto com classificação artigo 8°, i.e., como um produto financeiro que promove características sociais e ambientais”.
Durante o ano, indica que “ampliou o seu esforço para a sustentabilidade, com a criação de uma equipa global de estratégia ESG, sediada em Madrid, com formação específica e constante para este segmento de negócio e que exerce a sua atividade de forma transversal para os produtos pertencentes às diversas entidades gestoras do Grupo SAM.”
São várias as iniciativas que marcam o ano da SAM neste campo.
- Em janeiro, a entidade gestora aderiu à Climate Action 100+.
- Em março, “tornou-se a primeira gestora de ativos a assinar a iniciativa Net Zero Asset Managers, estabelecendo a meta provisória de reduzir pela metade as emissões líquidas de 50% dos seus ativos sob gestão até 2030”.
- “É a primeira gestora de ativos na Ibéria com uma equipa global dedicada exclusivamente ao investimento ESG, continuando a desenvolver a metodologia e colocando mais foco e recursos para aumentar a transparência”.
O ano de 2022
No presente ano a entidade gestora indica que vai continuar a “trabalhar no sentido de desenvolver a gama de produtos que promovem características sociais e ambientais e espera assim conseguir transformar uma parte da gama de fundos de investimento para que passem a incorporar na gestão critérios ESG e, portanto, adquiram a classificação de artigo 8° de acordo com a SFDR”.
Como desafios para o futuro, vê “a necessidade de responder com flexibilidade ao contexto de taxas de juro baixas, a exigente e constante adaptação à crescente regulação que impacta a indústria e a urgência de a sociedade apostar em estruturas de investimento com incentivo à poupança de longo prazo”.
Finalmente pretende ainda alcançar o objetivo de se tornar na terceira maior entidade gestora de fundos mobiliários em Portugal.