O banco indica que tal crescimento é fruto da estratégia prosseguida, de diversificação de recursos, num enquadramento de taxas de juro negativas.
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No final dos primeiros nove meses de 2021 o Santander em Portugal obteve um resultado líquido de 172,2 milhões de euros, o que representa uma redução de 32,3% face ao valor alcançado no período homólogo. Estes resultados foram impactados por um encargo extraordinário no primeiro trimestre, no valor de 164,5 milhões de euros (líquido de impostos), “para fazer face ao plano de transformação em curso, com a otimização da rede de agências e investimentos em processos e tecnologia”.
As comissões líquidas totalizaram 315,7 milhões de euros nos nove meses, um crescimento de 15% face ao período homólogo. Esta evolução reflete, segundo a instituição financeira, “o aumento dos níveis de transacionalidade dos clientes, num contexto de reanimação económica, e a estratégia de diversificação dos recursos com maior foco em fundos e seguros financeiros, bem como na distribuição de seguros autónomos de risco”.
Fundos e seguros de investimento
Os recursos de clientes totalizaram os 46,2 mil milhões de euros em setembro, o que representa um crescimento de 6,7% face ao valor registado no período homólogo. Isto traduziu-se no contributo positivo da evolução dos depósitos (+4,5%), mas também do “aumento expressivo dos recursos fora de balanço” (+18,3%). “Este último é fruto da estratégia prosseguida, de diversificação de recursos, num enquadramento de taxas de juro negativas”, indicam do banco, que destaca a “colocação de fundos de investimento, enquanto principal ativo financeiro procurado pelos clientes para diversificar as suas poupanças”.
“Os primeiros nove meses do ano foram marcados por uma forte dinâmica na procura de fundos de investimento, com subscrições líquidas de cerca de 829 milhões, terminando o período com 4.461 milhões de euros de ativos sob gestão”, realçam.
Já no que respeita aos fundos de investimento imobiliário, estes totalizavam 282 milhões de euros em setembro de 2021, que compara com 330 milhões de euros no final de 2020. O banco esclarece que “parte desta quebra resultou de uma operação de redução de capital do Fundo Novimovest realizada no início do ano”.
“As soluções de reforma constituíram um foco muito importante na atividade comercial, tendo-se optado por alterar os nomes dos três PPR e lançado um plano de comunicação interna e externa a sensibilizar os clientes para a proposta de valor desta tipologia de produtos”, dizem do Santander. Os produtos de reforma cresceram, assum, 131 milhões de euros em formato fundo e 15 milhões de euros em formato seguro (PPR) no ano.
Na área de seguros financeiros o banco indica que foram promovidos de “forma particularmente ativa” os seguros financeiros abertos na rede de particulares e negócios, registando subscrições líquidas de 115 milhões de euros, e a Master Apólice no Private Banking, com subscrições líquidas de 178 milhões de euros. “Esta dinâmica foi decisiva para mitigar o volume de vencimentos ocorrido no período, na ordem dos 270 milhões de euros”. Nos primeiros 9 meses do ano, a carteira de seguros financeiros cresceu 64 milhões de euros atingindo os 3.628 milhões de euros.
Private banking e Santander Asset Management
“Para a generalidade dos indicadores de negócio do Private Banking do Santander Portugal, os primeiros nove meses de 2021 revelaram-se muito positivos, com um crescimento do património sob gestão em 7% nos primeiros três trimestres de 2021, bem como um crescimento de 25% dos recursos fora de balanço (fundos, seguros e gestão discricionária de carteiras)”, indicam nos documentos da apresentação de resultados.
O banco assinala, ainda, “o forte crescimento da base de clientes do Private Banking, assente numa forte atividade de prospeção externa, e numa grande colaboração e apoio da rede de balcões e de centros empresas”.
No contexto da atividade da Santander Asset Management (SAM) destaca-se a alteração da política de investimento dos fundos da gama Select/ Private, do Santander Multicrédito e do FPR Valorização, a qual entrou em vigor em setembro. “Esta alteração visou proporcionar aos participantes a possibilidade de investirem num leque de ativos mais alargado, com bandas de atuação superiores e maior diversificação geográfica, que permita oferecer uma solução mais adequada ao contexto atual, marcado pela vigência de taxas de juro estruturalmente reduzidas”, explicam.
Destaca-se também o desenvolvimento de um novo processo de contratação paperless que permite ao cliente fazer a contratação de produtos financeiros de forma mais expedita e um programa de formação orientado para os segmentos de maior valor, nomeadamente Private Banking e Select.