Em entrevista à Funds People Portugal, Rui Nunes e Luis Jordão (na foto) falaram do novo fundo Caixagest Acções Líderes Globais, disponível no mercado desde o final do verão.
Desenhado sob o formato UCITS, o novo fundo da Caixagest, lançado em agosto passado, é caraterizado como simples e de fácil compreensão, visando complementar a oferta existente, introduzindo exposição a empresas globais. Constituído por empresas como McDonald’s, Coca-Cola, Nestlé ou L’Oréal, o fundo tenta que o cliente se aproxime das ações de forma mais emocional, a partir do poder das marcas que constituem o fundo, para que vislumbrem para lá das ações, e vejam sim as empresas.
Visto de outro ângulo, o fundo é um excelente exemplo das sinergias existentes entre a Áreas de Desenvolvimento de Produto e as Áreas de Investimento Direto (neste caso em ações). É que na génese da ideia para este fundo está precisamente a Área de Ações da Caixagest, mostrando que quando se trata de criação de novos produtos as Áreas de Investimento Direto são um elemento com grande potencial, dada o conhecimento e proximidade que têm face à matéria prima (títulos) que vai ser utilizada.
(Re)conhecer as empresas do fundo
Na escolha das empresas que constituem o fundo existe uma grande preocupação com as rentabilidades, mas também com a capacidade desses negócios superarem bem momentos de crise. É levada a cabo análise fundamental das empresas, captado o que as diferencia do resto do mercado e construídos alguns indicadores para as diferenciar, como sejam a sua dimensão, o retorno do capital, o leverage e o rating. No caso deste fundo há uma clara preferência por mega caps, com contas muito sólidas.
O fundo é tipicamente constituído por 25 títulos para que os clientes possam conhecer os títulos que constituem a carteira, e que têm impacto no produto. Apesar do sector com mais peso no fundo ser hoje a tecnologia, neste segmento existe concorrência direta entre empresas. Em carteira estão a Apple, a Microsoft, a Google e a Samsung. O fundo beneficia sempre, seja qual for a empresa mais forte na guerra dos smartphones e tablets. Em segundo e terceiro lugares aparecem com mais ponderação no fundo as áreas do consumo e farmacêutica, respetivamente.
Com um horizonte de investimento recomendado de cinco anos, este fundo apresenta exposição a diferentes divisas e através da flutuação cambial diversifica risco, sendo por isso propositado a não utilização de derivados para efeitos de cobertura.
O Caixagest Líderes Globais não será um fundo com uma carteira de elevada rotação dada a sua natureza e política de investimento. Para uma empresa sair da carteira do fundo é necessário um motivo muito forte que condicione a sua subsistência ou gestão ou que vá contra os critérios de seleção, como por exemplo uma subida inesperada do seu nível endividamento.
Apenas disponível na rede da Caixagest, e com uma subscrição mínima de 100 euros, o fundo já ultrapassou os 10 milhões de euros em ativos sob gestão na sua carteira, tendo superado os objetivos iniciais esperados.