Em semestre de queda nos ativos sobre gestão das carteiras de seguros em Portugal, expomos as principais conclusões do relatório publicado pela ASF.
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Este Relatório de Evolução da Atividade Seguradora permite analisar a evolução das carteiras de seguros e seguros PPR, no primeiro semestre de 2022.
Evolução semestral da composição das carteiras de investimentos
No primeiro semestre de 2022, o montante investido em carteiras de investimento desceu de 51 363 milhões de euros para 47 379 milhões de euros, uma queda de 7,8%. Segundo o relatório em análise, a maior queda "resultou essencialmente do decréscimo do valor das obrigações de dívida pública e dos fundos de investimento".
Composição das carteiras de investimento das seguradoras
Fonte: ASF, Relatório de Evolução da Atividade Seguradora
Apesar da queda abrupta, os ativos de dívida continuam a dominar as carteiras. "Os instrumentos de dívida mantêm-se predominantes, apesar da redução do montante investido de 7,6%, representando 63,3% do total dos ativos. Estes instrumentos representavam 83% das carteiras de investimento dos seguros de Vida Não Ligados e 63% das carteiras de investimento dos ramos Não Vida", podemos ler no artigo.
Olhando para o tipo de veículo de investimento, podemos concluir que a maior queda ocorreu nos seguros de vida não ligados. Este tipo de instrumento teve uma queda de aproximadamente 16%, o equivalente a 4.031 milhões de euros. Destaca-se ainda os seguros não vida e os fundos dos acionistas que conseguiram um ligeiro aumento no total de ativos, desde o início do ano.
Composição da carteira de investimento de seguros PPR
Fonte: ASF, Relatório de Evolução da Atividade Seguradora
Também nos seguros PPR é possível ver uma queda nos ativos sobre gestão. A queda de 2.459 milhões de euros corresponde a 13,7% do montante final de 2021.
Para a redução observada "contribuiu a descida dos montantes aplicados em títulos de dívida. Verificou-se, por outro lado, um acréscimo do peso das aplicações em fundos de investimento".
Adicionalmente, destaca-se que as ações caíram em maior proporção, registando uma queda de quase 20%. Por fim, deu-se também uma redução da liquidez disponível neste tipo de carteiras.