Para Nuno Reis, as vantagens dos ETF de obrigações são evidentes e comuns a todos os ETF. Diversificação, exposição rápida a um conjunto diverso de ativos e liquidez, são os pontos-chave que tornam estes instrumentos atrativos aos olhos de Nuno Reis. “Os ETF de obrigações permitem transacionar com liquidez em momentos de mercado menos líquidos. Em 2019, por exemplo, havia uma grande dificuldade em encontrar as obrigações em que queríamos investir em condições de mercado adequadas e os ETF permitiram assumir a exposição a essas classes de ativos”, introduz. “De igual maneira, no princípio de 2020, com o rebentar da pandemia, o mercado de obrigações high yield não tinha qualquer liquidez, mas os ETF, em conjunto com os seus fornecedores e com os seus market makers, proporcionaram alguma liquidez para transacionar a classe de ativos”, acrescenta.
E mesmo tratando-se de um grande investidor institucional, com uma ótica de investimento de longo prazo, para Nuno Reis, os ETF de obrigações cumprem tanto um papel estratégico como tático nas carteiras. “Como companhia de seguros, normalmente, falamos de objetivos de investimento a longo prazo, numa lógica de comprar e manter, mas isso não impede que se realizem apostas táticas, onde os ETF mostram muito o seu valor”, diz Nuno Reis. Contudo, o instrumento ETF mostra o também o seu valor na componente mais estratégia dos investimentos da Fidelidade. “Com um spread bid-ask e um custo muito baixos, o ETF acaba por ter também um papel estratégico de destaque nas nossas carteiras. Independentemente de sermos, em maior medida, um investidor direto, usufruímos da possibilidade que os ETF nos dão de assumir exposição a obrigações com a liquidez do instrumento, mesmo quando o mercado subjacente se mostra menos líquido”.
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