O fundo de ações japonesas com maior património de investidores da Península Ibérica considera que a sua carteira estará bem posicionada para se adaptar a um contexto reinflacionário, como parece provável que venha a acontecer no Japão.
Embora o mercado de ações japonesas tenha feito uma pausa após o seu grande início de ano, Tadao Minaguchi mantém a sua visão positiva sobre o mercado. Tanto do ponto de vista do ciclo económico como do ponto de vista estrutural. A curto prazo, o gestor do Invesco Japanese Equity Advantage Fund espera que o impulso do crescimento económico do Japão seja maior do que o dos EUA e da Europa, graças à demorada reabertura económica, procura turística e recuperação da produção automóvel, após ter sofrido uma escassez de semicondutores.
Elementos técnicos mais estruturais, como o facto de o Banco do Japão manter, em geral, medidas monetárias acomodatícias para apoiar a recuperação económica, também são ventos favoráveis. Assim como a melhoria do governo corporativo, graças aos esforços da Bolsa de Tóquio (TSE), o que Minaguchi prevê que conduza a melhorias constantes na eficiência do capital e da rentabilidade, gerando a consequente reativação das ações japonesas.
Foco no fluxo de caixa livre
E como é que isto se reflete no Invesco Japanese Equity Advantage Fund? O gestor mantém-se fiel à sua filosofia: procurar empresas de alta qualidade que possam gerar sólidos fluxos de caixa livre, graças a ativos intangíveis como a marca, a fidelidade do cliente e a tecnologia, com perspetivas de longo prazo e independentemente das condições macroeconómicas. “Além disso, estamos muito centrados na valorização global da carteira, mantendo o retorno global do fluxo de caixa livre da carteira amplamente mais ativo do que a média do mercado”, acrescenta.
Para a equipa gestora, o poder de fixação de preços das empresas é fundamental, visto que é um dos critérios-chave para a sua seleção de títulos. “Acreditamos que o fundo estará bem posicionado para se adaptar a um contexto de reinflação, como parece provável que venha a acontecer no Japão”, prevê Minaguchi. Na prática, isto reflete-se na sobreponderação aos setores de serviços, consumo discricionário e industriais, enquanto os equipamentos de transporte, comércio de retalho e eletrodomésticos estão mais subponderadas em relação ao índice.
O que esperar do Invesco Japanese Equity Advantage Fund?
O Invesco Japanese Equity Advantage Fund é o fundo de ações japonesas com maior património de investidores da Península Ibérica, segundo o barómetro da FundsPeople. Conta com um track record desde 2006, gerido por uma equipa local no Japão (Tóquio), com uma experiência média de mais de 20 anos gerindo cerca de 10.000 milhões de dólares em diversas estratégias.
Quanto ao seu estilo de gestão, são neutros quando ao viés growth-value, investindo com uma carteira blend em empresas do Japão ao longo de toda a capitalização do mercado. Em vez disso, definem a sua filosofia pelo seu foco baseado em ativos intangíveis. Isto é, a equipa constrói uma carteira concentrada (40-50 títulos) nas empresas que geram altos níveis de free cash flow (fluxo de caixa livre) e que têm uma vantagem competitiva, graças aos seus ativos intangíveis. “Estes ativos, que são difíceis de criar ou replicar, permitem que as empresas tenham uma clara vantagem competitiva e estabeleçam uma posição duradoura de liderança em relação à concorrência”, explica Minaguchi.
Desses ativos, destacam-se o valor da marca (poder de fixação de preços), a fidelidade dos seus clientes (quota de mercado, custos de substituição, volume de clientes), a tecnologia (patentes, pessoal, I&D), a equipa gestora (organização e transparência), e a localização.
Assim, o processo de investimento está centrado exclusivamente na análise fundamental, aproveitando a forte presença local, com a finalidade de encontrar essas empresas que apresentem altos níveis de FCF (o free cash flow médio das empresas da carteira ultrapassa os 5%, quase mais 1,5 pontos do que a média do mercado) e que gerem rentabilidade ao acionista. Por isso, a maior parte da geração de alpha do fundo deriva da seleção de empresas (stock picking).