A entrega mais recente de prémios da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios, voltou a galardoar alguns dos fundos de investimento nacionais. Assim, recorrendo às últimas informações disponíveis, iremos analisar o fundo premiado na categoria de Melhor “Outros Fundos de Ações”.
O vencedor foi o BPI Reestruturações, cuja estratégia se enquadra na categoria de Ações Globais de Grande Capitalização e é da responsabilidade da BPI Gestão de Activos. Este obteve uma rentabilidade de 9,5% no passado ano. Segundo a sua ficha de produto mais recente, o fundo geria um volume de ativos de 25,41 milhões de euros, investindo com maior preponderância em setores como o consumo não-cíclico (16,1%), industrial (15,3%) e, ainda, no financeiro (14,3%). Relativamente às suas maiores posições, é possível encontrar um ETF que procura replicar o índice Topix Total Return Index em yens, e nomes como Boeing Co e Johnson & Johnson.
Segundo o comentário do gestor, é abordada a questão da política da administração dos Estados Unidos e como isso afetou o mercado, afirmando que “apesar dos receios em torno da política externa dos EUA continuarem a dominar o mercado durante o mês de abril, os desenvolvimentos positivos em torno do tema favoreceram um sentimento mais positivo”. Acrescenta ainda que a “generalidade dos mercados acionistas encerrou o mês com ganhos, em especial na geografia europeia (Euro Stoxx 50 5.2%, Topix 3.56%, S&P 500 0.3%)”. No entanto, refere ainda o facto do MSCI Emerging Markets (-55%) ter sido prejudicado pela “subida do dólar e pela continuação da incerteza em torno das trocas comerciais”.
Em termos setoriais, o gestor destaca o setor energético, devido às tensões no médio oriente “e a possibilidade de regresso às sanções por parte dos EUA ao Irão”, conduziram a um aumento contínuo do preço do crude no mês passado (5,6%), tendo sido positivo para o setor. Posto isto, as empresas presentes em carteira como a Halliburton Co, Total Sa e a Chevron Corp registaram retornos de 13.0%, 13.5% e 9.7%, respetivamente, declara o gestor.
Por fim, distingue a empresa francesa de artigos de luxo, Kering, que alcançou ganhos de 23,4% no quarto mês do ano, destacando-se, assim, como o título da carteira com maior valorização.